31 de Agosto
A 31 de Agosto de 1901 era inaugurada a primeira linha de carros eléctricos
de Lisboa, do Cais do Sodré a Algés. A rede desenvolveu-se a partir das linhas
dos “carros americanos” que utilizavam tracção cavalar e que na época iam
já a Algés, Xabregas e Benfica. O ELÉCTRICO S. LUIZ, EM 1901, NO ROSSIO.
30 de Agosto
A 30 de Agosto de 1808, a Convenção de Sintra põe termo à primeira invasão francesa.
Sala dos Brasões no Palácio Nacional de Sintra.
29 de Agosto
A 29 de Agosto de 1471, por ordem de D. Afonso V (1432-1481), a cidade de Tânger
é ocupada por D. João, filho do Duque de Bragança, D. Fernando I. OCUPAÇÃO DE
TANGER - Pormenor de uma das tapeçarias de Pastrana, executadas sob
encomenda do rei português, sendo essa execução atribuída à oficina de Passchier
Grenier (1447-1493) em Tournai, hoje na Bélgica. As tapeçarias encontram-se
expostas no museu da Colegiada de Pastrana, em Pastrana, na Espanha.
28 de Agosto

A 28 de Agosto de 1481, morre na Vila de Sintra, D. Afonso V – O Africano (1432-1481),
que ali havia nascido a 15 de Janeiro de 1432, filho de D. Duarte (1391-1438) e de
D. Leonor de Aragão (1402-1449), tendo sido aclamado rei a 9 de Setembro de 1438,
embora só tenha iniciado o seu governo em 1448. D. AFONSO V NA TOMADA DE ARZILA
EM 24 DE AGOSTO DE 1471 - Pormenor de uma das tapeçarias de Pastrana, executadas
sob encomenda do rei português, sendo essa execução atribuída à oficina de Passchier
Grenier (1447-1493) em Tournai, hoje na Bélgica. As tapeçarias encontram-se expostas
no museu da Colegiada de Pastrana, em Pastrana, na Espanha.
27 de Agosto

A 27 de Agosto de 1810 explode o paiol de munições da vila de Almeida, destruindo a
igreja matriz, o castelo medieval, parte das defesas da vila, matando mais de 500
soldados luso-britânicos e permitindo assim a invasão francesa do país. A praça-forte
de Almeida , sob o comando do Coronel irlandês William Cox (1777-?) estava cercada
desde 15 de Agosto, no início da Terceira Invasão Francesa. As forças sitiantes eram as
unidades que constituíam o VI Corpo do Exército do Exército Francês sob comando do
Marechal Ney (1769-1815). Uma forte explosão no paiol deixou a praça sem meios
de defesa e, perante a reacção adversa de alguns oficiais portugueses, Cox acabou por
aceitar a capitulação. A guarnição entregou a praça aos franceses no dia 28 de Agosto.
ALMEIDA - Desenho do “Livro das Fortalezas”, manuscrito quinhentista de autoria de
Duarte de Armas (1465-1???), executado em 1509-1510 por iniciativa de D. Manuel I
de Portugal. A obra contém desenhos de 56 castelos fronteiriços do reino de Portugal,
que foram pessoalmente visitados pelo autor. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa.
26 de Agosto

A 26 de Agosto de 1595, morre no exílio em Paris, D. António Prior do Crato
(1531-1595), aclamado pelos seus partidários Rei de Portugal em 1580 e que
reinou durante um curto espaço de tempo no Continente, ficando, desde então
e até 1583, a sua autoridade confinada a algumas ilhas dos Açores.
25 de Agosto

A 25 de Agosto de 1742 morre em Coimbra o compositor português Carlos Seixas
(1704-42). Era filho de um organista da Sé da mesma cidade. Foi compositor, cravista e
organista. Aos 16 transferiu-se para Lisboa. Fruto da fama que tinha como instrumentista,
foi convidado para organista na Sé Patriarcal e na Capela Real. Na época era prática
corrente os cargos musicais mais importantes serem destinados a músi¬cos italianos. A
nomeação de Carlos Seixas para o cargo de vice-mestre da Capela Real constituiu uma
grande honra para toda a classe musical portuguesa. Carlos Seixas é considerado o maior
composi¬tor português de música para instrumentos de tecla. Compôs mais de 700 obras
para cravo, tendo chegado até nós apenas 105, visto que muitas se perderam no terramoto
que arrasou Lisboa em 1755. Os manus¬critos das suas obras, que também incluem peças
corais e orquestrais, assim como para órgão, encontram-se guardados na Biblioteca da
Universidade de Coimbra, na Biblioteca Nacional de Lisboa e na Biblioteca da Ajuda,
vários manus¬critos das suas obras, que também incluem peças corais e orquestrais,
assim como para órgão. RETRATO PÓSTUMO DE CARLOS SEIXAS por Francisco
Vieira Lusitano (1699-1783)pelo gravado em Paris por John Daulle (1703-1763).
24 de Agosto

A 24 de Agosto de 1471, a praça de Arzila é conquistada pelas forças portuguesas
comandadas por D. Afonso V (1432-1481), com uma poderosa armada (477 navios
e 30 mil homens), episódio ilustrado em três das chamadas Tapeçarias de Pastrana.
Estas são um conjunto de tapeçarias de grandes dimensões, confeccionadas
em lã e seda. Enaltecem episódios da conquista, em 1471, das praças marroquinas de
Arzila e Tânger pelas forças de D. Afonso V de Portugal e retratam os seguintes episódios:
o desembarque em Arzila, o cerco de Arzila, a tomada de Arzila e a entrada em Tânger.
Foram executadas sob encomenda do rei português, sendo essa execução atribuída à
oficina de Passchier Grenier (1447–1493) em Tournai, hoje na Bélgica. As tapeçarias
encontram-se expostas no museu da Colegiada de Pastrana, em Pastrana, na Espanha.
A imagem mostra um detalhe do desembarque das forças de D. Afonso V em Arzila.
23 de Agosto
A 23 de Agosto de 1781, durante o reinado de D. Maria I (1734-1816), por iniciativa
da Real Mesa Censória, surge em Lisboa, a Aula Régia de Desenho de Figura e de
Arquitectura, na qual o ensino tinha um carácter muito elementar, bastando para
ser-se admitido saber ler e escrever e conhecer operações de cálculo elementar.
O curso era ministrado por dois professores: um de desenho de figuras e outro de
desenho de arquitectura civil. PAISAGEM COM BARCO – Painel (84 cm x 84 cm)
de 36 azulejos, estilo D. Maria I. Colecção particular.
22 de Agosto
A 22 de Agosto de 1415, tropas portuguesas sob o comando de D. João I, conquistam
a cidade de Ceuta. Um exército de cerca de 20 000 cavaleiros e soldados portugueses,
ingleses, galegos e biscainhos havia largado de Lisboa a 25 de Julho de 1415, embarcado
em 212 navios de transporte e vasos de guerra (59 galés, 33 naus e 120 embarcações
pequenas). Na expedição seguia a fina-flor da aristocracia portuguesa do século XV,
incluindo os príncipes Duarte (o herdeiro), Pedro, Duque de Coimbra e Henrique, Duque
de Viseu, além do condestável Nuno Álvares Pereira. Após uma escala em Lagos, fundearam
frente a Ceuta em 21 de Agosto, tendo desembarcado sem encontrar resistência por parte
dos Mouros. A guarnição da cidade de Ceuta correu a fechar as portas da cidade, mas as
tropas portuguesas foram rápidas a impedir o estabelecimento de defesas adequadas. Na
manhã de 22 de Agosto, a cidade estava em mãos portuguesas. A conquista da cidade de
Ceuta marca o início da expansão marítima portuguesa. A ocupação deste importante
centro comercial e de comunicações abriria, assim, caminho para o processo de fixação
das colónias portuguesas na costa africana.
21 de Agosto

A 21 de Agosto de 1808 foi travada a Batalha do Vimeiro, durante a primeira invasão
francesa de Portugal, no âmbito da Guerra Peninsular (1807-1814). Nesta batalha
defrontaram-se as forças luso-britânicas comandadas pelo tenente-general Sir Arthur
Wellesley (1769-1852)e as forças francesas chefiadas pelo general Jean-Andoche
Junot (1771-1813). A batalha saldou-se por uma vitória para as forças luso-britânicas e
determinou o fim da primeira invasão francesa de Portugal. BATALHA DO VIMEIRO (1808?) -
Gravura a água-forte (33 x 44,1 cm). Domingos Shiopetta (c.1788-c.1835) e João
Cardini (. 1804-1825). Biblioteca Nacional, Lisboa.
20 de Agosto

A 20 de Agosto de 1890 é assinado o Tratado de Londres entre Portugal e a Inglaterra,
estabelecendo os limites territoriais de Angola e Moçambique. Este tratado foi assinado
na sequência do Ultimatum Inglês do governo chefiado pelo primeiro ministro Lord
Salisbury (1830-1903), entregue a 11 de Janeiro de 1890 sob a forma de um "Memorando"
que exigia a Portugal a retirada das forças militares chefiadas pelo major Serpa Pinto
(1846-1900) do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola
(nos actuais Zimbabwe e Zâmbia), a pretexto de um incidente entre portugueses e Macololos.
A zona era reivindicada por Portugal, que a havia incluído no chamado Mapa Cor-de-rosa,
reclamando a partir da Conferência de Berlim (19 de Novembro de 1884 a 26 de Fevereiro
de 1885) uma faixa de território que ia de Angola à contra-costa, ou seja, a Moçambique.
A cedência de Portugal às exigências inglesas foi encarada como uma humilhação nacional
pelos republicanos portugueses, que acusaram o governo e o rei D. Carlos I (1863-1908)
de serem os seus responsáveis. MANIFESTAÇÃO PATRIÓTICA EM LISBOA, DE REPÚDIO PELO
ULTIMATUM INGLÊS, JUNTO AO MONUMENTO AOS RESTAURADORES (Desenho de L. Freire –
- Revista “O Occidente”, nº 399 de 21 de Janeiro de 1890).
19 de Agosto
A 19 de Agosto de 1948, a PIDE cerca a residência do General Norton de Matos
(1867-1955), onde decorria uma reunião de preparação da sua campanha como
candidato da Oposição Democrática à Presidência da República e efectua prisões.
A campanha eleitoral inicia-se em 3 de Janeiro de 1949. Por todo o País realizam-se
dezenas de comícios. A 7 de Fevereiro de 1949 realiza-se no Centro Republicano Dr.
António José de Almeida, em Lisboa, uma Assembleia de Delegados do Movimento de
Unidade Democrática (MUD), que decide não participar na “eleição”. Em virtude de
Salazar (1899-1970) se recusar a abrir mão das “condições mínimas” exigidas pela
Oposição para um acto eleitoral isento. A 10 de Fevereiro, num comício realizado
em Lisboa, Norton de Matos anuncia que vai retirar a sua candidatura à Presidência
da República. O general considera que não existem garantias políticas para que as
eleições sejam isentas. A sua desistência gera, porém, controvérsia no seio da
Oposição. A 12 de Fevereiro, Norton de Matos renuncia à candidatura. No dia
seguinte o Governo manda tropas para o Alentejo litoral e fronteiriço, a fim de
“manter a ordem”, como ele dizia. É neste contexto que tem lugar a “eleição”
de 18 de Fevereiro. É eleito Presidente da República o Marechal António Óscar
de Fragoso Carmona (1869-1951), candidato da União Nacional, apoiado pela
Causa Monárquica. Segundo dados do INE, em 1950 Portugal tinha 8 502 030
habitantes. A população com 21 ou mais anos, que deveria ter direito de voto,
era de 5 427 936 pessoas. Nos cadernos eleitorais elaborados pelo governo de
Salazar, estavam inscritos 1 128 198 eleitores. O número de votos foi de 875 598.
CARTAZ DE PROPAGANDA DA CANDIDATURA DO GENERAL NORTON DE MATOS À
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
18 de Agosto

A 18 de Agosto de 1842, morre em Lisboa o compositor e pianista João Domingos
Bomtempo (1842-1771). Foi aluno de seu pai, Francisco Xavier Bomtempo, músico da
Câmara Real, oboísta italiano da corte de D. José I e do Seminário Patriarcal. Ainda
antes dos catorze anos, foi admitido na Irmandade de Santa Cecília na qualidade de
cantor da Bemposta. Em 1804, dirigiu-se a Paris para tentar a sorte como pianista.
Lá, publicou as suas primeiras obras. Em 1810 mudou-se para Londres. Em 1814,
regressou para Portugal, onde sentiu dificuldades pelo que regressou a Londres.
Nos finais de 1816 esteve do novo em Lisboa, onde viveu com dificuldades durante
dois anos, pelo que se fixou em Paris, onde publicou a Missa Requiem consagrada a
Camões. Dado o êxito obtido pela partitura em Londres, foi para essa cidade e
regressou a Portugal em 1820. Sabe-se que se relacionou com Field e Clementi,
músico cuja editora publicou grande parte das suas obras. Em Portugal lutou por
causas liberais, esteve ligado à criação do Conservatório Nacional e fundou a
Sociedade Filarmónica, pioneira na divulgação de música instrumental. Em 1833 foi
nomeado professor de música de D. Maria II e, em 1835, director do Conservatório,
cargo que manteve até a morte. JOÃO DOMINGOS BOMTEMPO (1814). Autor
desconhecido. Óleo sobre tela (87 x 65 cm). Museu da Música, Lisboa.
17 de Agosto
A 17 de Agosto de 1710 morre em Lisboa, o escritor português padre Manuel Bernardes
(1644–1710), presbítero da Congregação do Oratório de S. Felipe Neri, em cuja
tranquilidade claustral se recolheu em 1674,até o fim de seus dias. Nome maior
da literatura barroca portuguesa, escreveu diversos tratados de espiritualidade
cristã e vários guias morais. Das suas obras, destacam-se Exercícios Espirituais
e Meditações da Via Purgativa (1686), Luz e Calor: Obra Espiritual para os que
Tratam do Exercício de Virtudes e Caminhos da Perfeição (1696), Armas de
Castidade (1699), Nova Floresta ou Silva de Vários Apotegmas (cinco volumes
publicados entre 1706 e 1728), Estímulo Prático para Seguir o Bem e Fugir do
Mal (1730). A sua escrita é caracterizada pela pureza da linguagem e pelo
profundo misticismo. RETRATO DO PADRE MANUEL BERNARDES (1710).
Gravura a buril de Hieronimus Rossi.
16 de Agosto
A 16 de Agosto de 1900, morre em Paris, o jornalista, escritor, jurista e diplomata
português José Maria de Eça de Queiroz (1845-1900), natural da Póvoa de Varzim.
Fotografia de Eça de Queirós, cerca de 1868.
15 de Agosto
A 15 de Agosto de 1498, dá-se a fundação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa,
pela rainha D. Leonor (1458-1525), viúva de D. João II (1455-1495) e regente de
Portugal, na ausência de D. Manuel I (1469-1521). A fundação efectua-se na Capela
da Nossa Senhora da Terra Solta, nos Claustros da Sé de Lisboa. RAINHA D. LEONOR
(1926). José Malhoa (1855-1933). Óleo sobre tela (205 x 137,5 cm). Museu José
Malhoa, Caldas da Rainha.
14 de Agosto
Ao fim da tarde de 14 de Agosto de 1385, trava-se a Batalha de Aljubarrota que opôs o
exercido português reforçado com aliados ingleses, chefiadas por D. João I de Portugal
e o condestável D. Nuno Álvares Pereira, ao exército castelhano e seus aliados,
comandados por D. João I de Castela. A batalha teve lugar no campo de São Jorge, nas
imediações da vila de Aljubarrota. O resultado saldou-se pela vitória portuguesa e pela
derrota definitiva dos castelhanos, o fim da crise de 1383-1385, a consolidação de D. João I
como rei de Portugal e o reforço da aliança Luso-Britânica, a qual seria selada um ano
depois, com a assinatura do Tratado de Windsor e o casamento do rei D. João I com
D. Filipa de Lencastre. Como prova gratidão pela vitória na Batalha de Aljubarrota,
D. João I mandou erigir o Mosteiro da Batalha. Batalha de Aljubarrota (Finais do séc . XV).
Jean d'Wavrin (c.1398 – c. 1474). Crónica de Inglaterra (Volume III). f. 201v,
Royal MS 14 E IV. British Library, London.
13 de Agosto