segunda-feira, 31 de maio de 2010

100 anos da Sapataria Joaquim Miguel


Joaquim António Chouriço (1906-1999), reputado sapateiro e comerciante de calçado
da praça de Estremoz. Uma referência cívica para todas as gerações. Fotografia de Angel
Ordíalez Cortesia de Adriano Chouriço, actual proprietário da Sapataria Joaquim Miguel.

Recebi um convite para visitar a exposição “100 anos da Sapataria Joaquim Miguel”, surgindo-me desde logo a ideia de produzir um texto sobre o evento. Não um texto de circunstância, mas um texto em que eu, andarilho das palavras, pudesse revelar duma maneira ou de outra, a minha afectividade com todo o percurso dos sapatos. É certo que o outro eu, mais comedido que eu próprio, me advertiu logo do risco:
- É pá, vê lá o par de botas em que te vais meter!
Se é certo que há um rifão que diz que “A ignorância é atrevida”, o que não é menos certo é que eu não desisto facilmente de uma ideia.
Arregaçadas as mangas e ligado o computador, ficaram, desde logo, afastadas à partida várias hipóteses de abordagem do assunto.
Nada de falar de fabrico de sapatos, de que não percebo patavina, pois ainda sou daqueles que por auto-estima ou se quiserem por vergonha, não se atrevem a falar daquilo que não percebem.
Afastada também a hipótese de falar de pés célebres, de pés chatos ou de moléstias dos pés, como o pé de atleta, os calos e os joanetes, pois já chega os que cada um tem, quanto mais falar dos que atormentam o próximo.
Como sou rato de biblioteca, numa das minhas incursões pelo “Cancioneiro Popular Português” do Dr. José Leite de Vasconcelos, recolhi algumas quadras populares reveladoras das diferentes imagens que o povo faz dos sapateiros.
Nalgumas localidades os sapateiros eram considerados um bom partido. Em Paredes de Coura uma moça dizia:

"Eu hei-de tomar amores:
Há-de ser c’um sapateiro,
P’ra me fazer uns sapatos
E não me levar dinheiro."

Também nas Alcáçovas havia quem pensasse o mesmo:

"Se tomar agora amores
Há de ser c’um sapateiro,
Que me faça umas chinelas
E não me leve dinheiro..."

Em Vila Verde de Ficalho, no concelho de Serpa, outra moça dizia mais ou menos o mesmo:

"Meu amor me disse
E eu achei-lhe graça:
- Eu sou sapateiro,
Não andes descalça."

Já em Penafiel, os sapateiros não eram tidos em grande conta:

"Oh que rua tão comprida
No meio tem um letreiro:
Mal empregada menina,
Vai casar c’um sapateiro!"

A imagem do sapateiro chega a ser denegrida nas Alcáçovas:

"Sapateiros e alfaiates
São uma súcia de ladrões:
Sapateiro furta a sola,
Alfaiate, os botões. "

Em Reguengos de Monsaraz, os sapateiros chegam a ser objecto de humor algo exagerado:

"Quatrocentos sapateiros
Se juntaram em campanha
Com martelos e turqueses
P’ra matarem uma aranha."

Em Marco de Canaveses, ao quer parece, os sapateiros eram encarados sob um ponto de vista mais prático:

"Senhor mestre sapateiro,
Senhor mestre remendão,
Bata-me bem essa sola,
Deite-me aqui um tacão!"

Em todos os tempos e em toda a parte, os sapateiros se queixaram, que a arte não dá. Assim, em Baião dizia um oficial:

"Sou um triste sapateiro
Toda a vida a dar a dar:
Quem nasceu para ser pobre
Não le vale trabalhar!"

Após esta digressão etnográfica pelos sapateiros no imaginário popular, decidi calçar as alpergatas da minha infância e fazer uma abordagem topográfica do assunto.
A Sapataria Joaquim Miguel está situada no Largo da Liberdade. Liberdade apeada pelo 28 de Maio e restituída pelo 25 de Abril. Lembras-te camarada Binadade, quando na véspera do primeiro 1º de Maio em liberdade, apareceste à sede do Círculo Cultural de Estremoz, com uma extensa lista de ruas cuja toponímia, tu defendias, devia ser reposta? Eu fui dos poucos que te ouviu, pois na época pensava-se e agia-se febrilmente e existiam outras prioridades. Mas, o que é certo é que o teu alvitre não caiu em saco roto e com a brevidade possível, lá foi o 28 de Maio restituído à Liberdade.
Até aos anos 50 morei na Rua da Misericórdia, a qual conjuntamente com a de Frei Nuno iam desaguar no Largo 28 de Maio. E digo desaguar, pois sendo ruas de acentuado declive, era esse o termo correcto em dias de fortes chuvadas. Eu morava a meio da rua, do lado direito de quem desce, numa casa que já não existe, mesmo nos altos do caleiro, que também era ferro-velho e montava o estraminé na feira, onde hoje é o Bairro da Cobata. Desta vizinhança e da amizade com o caleiro, cuja casa frequentava, terá surgido o meu gosto por antiguidades e velharias. Ao cimo da Rua da Misericórdia, do lado esquerdo de quem desce, moravam a D. Dionísia e a D. Enué Palma, mãe e filha, com umas mãos como não havia outras. Ainda hoje retenho na memória, embora de forma vaga, o fascínio que exerciam sobre mim os trabalhos que elas executavam, fossem registos ou trabalhos em papel recortado ou em escamas de peixe. Que pena que tenho de não possuir um único trabalho dessas senhoras...
Na Rua de Frei Nuno, onde hoje há uma Fábrica de Bolos, havia a Padaria do Traguedas onde eu aviava o pão para a casa de meus pais e levava bolos para o forno, nos dias de anos ou por ocasião de festas cíclicas.
Mais acima e do mesmo lado, ficava a barbearia do meu amigo Can Can, uma linguinha de prata com um par de óculos que mais pareciam os telescópios de Monte Palomar. Era um organizador exímio de excursões, que os frequentadores, todos gentes do povo, pagavam aos bochechos, pois os tempos eram difíceis. Estou convencido que quando nos encontrarmos lá em baixo, ainda me há de levar numa excursão a Portimão ou ao Portinho da Arrábida.
Mais abaixo, onde hoje está a Drogaria era a Oficina do Mestre Capeto, carpinteiro de carroças e trens. As horas que eu ficava a vê-lo trabalhar!
Do outro lado da rua, ao cimo, ficava a Pensão Marangas, mais tarde Pensão Jantareta. Que raio de nome havia de ter o dono da pensão! Até parecia que os hóspedes eram mal servidos, o que não era o caso, como decerto o atestaria o professor Grilo, um hóspede perpétuo.
No Largo 28 de Maio converge ainda a Travessa da Levada, onde havia a Retrosaria do Mamede e a Casa de Comidas – e também dormidas - do Geadas, que também vendia e distribuía lotaria.
No Largo 28 de Maio converge igualmente a Rua do Almeida. Aqui eram dignas de nota, a mercearia do Genaro, onde eu ia comprar rebuçados com cromos de jogadores de futebol, a Fábrica de Pirolitos do Massano que tinha uma secção de enchimento que era um espectáculo para a época e a Adega do Zé da Glória, já retiro castiço e afamado na época.
Uma vez que através das ruas circundantes já contextualizei topograficamente o Largo 28 de Maio, é altura de começar a falar no Largo 28 de Maio propriamente dito. Além da Retrosaria do Dias, havia a Drogaria da D. Virgínia, onde minha mãe me mandava ao petróleo, bem como a Adega do Sebastião Barrigudo onde tomei conhecimento do ritual diário que constitui um bêbado matar o bicho. Havia também a casa da Família Cortes, com cavalariça e trem, a Loja do Fernandes dos sacos, a Oficina de Reparação de Bicicletas do Conim, a Mercearia do Adriano Pimenta, a Taberna do velho Viana com a caixa da malandrice e a Tipografia Brados do Alentejo. E que fascinante que era para mim, ver o Parelho, de porta aberta, trabalhar com a ainda hoje existente Heidelberga, que num vaivém maquinal, estampava magicamente as letras no papel.
Havia então poucos automóveis e no Largo estacionavam, por vezes, carros de parelha pertencentes a casas de lavoura do concelho ou a simples camponeses, que tinham ido tratar alguma coisa por perto.
Dominando todo o Largo, dum lado e do outro, a Sapataria Joaquim Miguel. Dum lado, a secção de venda de calçado, dirigida por Joaquim António Chouriço, tendo ao lado a secção de venda de solas e cabedais, orientada pelo irmão, Leonel Chouriço. Precisamente nos baixos da casa da D. Silvina e no local onde existira a Mercearia de meu tio-avô, João António Carmelo, vulgo o Carmelinho - porque nascera nos dias pequenos - o qual no princípio deste século ali tinha torrefação e moagem pelos mais aperfeiçoados processos, comercializando o afamado “Café Roca do Príncipe”.
Do outro lado do Largo, ficava a secção de consertos, que fervilhava de vida. O mestre, os oficiais, os aprendizes, a ajuntadeira e, é claro, os fregueses. Era uma época em que se mandava ali fazer calçado por medida, bem como pôr meias solas, remendos, reforços, tacões novos e protectores ou carda na solas, a fim de que melhor resistissem ao desgaste. Ainda não tinha chegado o tempo das boutiques de calçado, das lojas de pronto a calçar e do hábito de deitar fora o calçado usado e menos vistoso. Ali ia, mandado por meus pais, levar calçado para pôr meias solas, gaspear ou pôr umas capinhas. Era a nossa sapataria e é, ainda, a minha sapataria. Muda-se de camisa, muda-se de mulher ou de marido, muda-se de partido, mas não se muda nem de clube nem de sapateiro.
Desde miúdo que conheço e admiro Joaquim António Chouriço, uma pessoa simples, um grande filósofo da vida, um referencial de civismo, uma fortaleza de qualidades humanas que todos reconhecem e que por isso apenas se sublinham aqui. Joaquim António Chouriço é um filho amado de Estremoz, de que a cidade justamente muito se orgulha. No centenário da sua firma, apetece-me dizer-lhe:
- Obrigado, senhor Joaquim António pela perseverança e pelo belo exemplo de firma e de vida, esta também quase centenária. Bem haja, por isso!
Chegado a este ponto do texto sobre os “100 anos da Sapataria Joaquim Miguel”, estou certo que alguns não gostaram e estarão a esta hora a invocar o ditado que diz: “Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?”. A esses responderei com outro ditado: “O sapateiro não julga mais que os sapatos”, para acrescentar de seguida, que os não sapateiros, nem calçado sabem julgar.

(Publicado inicialmente em 31 de Maio de 2010)

Leonel Augusto Chouriço (1914-1997), irmão de Joaquim António Chouriço e
igualmente uma referência cívica para todas as gerações. Fotografia de Angel
Ordíalez. Cortesia de Adriano Chouriço, actual proprietário da Sapataria Joaquim Miguel.

Estremoz - Largo da Liberdade nos finais do século XIX. Em frente, o edifício da
Sapataria Joaquim Miguel, fundada em 1897, cuja entrada era feita pelas portas que
se  vêem ao fundo, protegidas por toldos. Fotografia de autor desconhecido.
 Cortesia de Adriano Chouriço, actual proprietário.

Estremoz - Interior da Sapataria Joaquim Miguel nos finais do século XIX. Fotografia de
autor desconhecido. Cortesia de Adriano Chouriço, actual proprietário.

18 comentários:

  1. Gostei muito do seu artigo . E que dizer do famoso sapateiro de Trancoso , famoso pelas profecias, de seu nome Bandarra?

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  2. Outro sapateiro famoso. Outras vivências...

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  3. Eu não era um puto vadio; era um explorador e curioso que palmilhava todos os recantos de Estremoz. Até nas paredes das muralhas fazia "alpinismo"...
    De quase tudo o que está nessa narrativa eu tenho uma lembrança. Aquele par de botas caneleiras que minha irmã ali mandou fazer para mim é o que sempre me lembra a sapataria.
    Ah! E o professor Grilo!? --- O trio que me educou no Caldeiro era assim formado: Carranca, Grilo e Virgílio.
    Abraço tropical.

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  4. Gosto muito. E que agradavél passeio pelo centro de Estremoz...Escreva mais, por favor.

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  5. Boa malha Hernâni... já agora não morras sem deixar a palavra-passe do teu computador não vá perder-se algum pormenor curioso da história da nossa cidade pelos tempos da nossa infância.
    Gostei também de ver aqui recordado o Prof. Grilo, o meu primeiro professor durante os meus 4 primeiros anos de escolaridade, que tinha aquela forma de gostar dos seus alunos (típica da época) à base de reguadas e canadas (da Índia) nas orelhas.

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  6. Aturaste o Grilo? Pois eu tive o azar de aturar o Virgílio e a sorte de não ter aturado o Carranca..

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  7. Caro Hernâni (posso tratá-lo assim?),não tenho o prazer de o conhecer pessoalmente, não nasci na cidade mas numa freguesia, S.Domingos de onde saí muito cedo. Apesar de tudo, os seus artigos, escritos, enfim o que quiser, têm o condão de me fazer recuar no tempo e de ser uma benção para aa memórias da minha infância. Quem na cidade, ou nas freguesias, nunca calçou no Joaquim Miguel? Duvido que haja algum estremocense dos antigos que nunca o tenha feito. Este artigo está, a meu ver, fabuloso. Mais uma vez obrigado, meu Amigo virtual. Joaquim Carvalho

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  8. Para ficar completo o largo , a cabelereira que ficava no 1ºandar da loja do Fernandes do sacos...
    http://www.estremoztriatlo.blogspot.com/

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  9. A cabeleireira era a D. Delfina, casada com o cauteleiro, o José Guilherme e morava no 1º andar direito. No 1º andar esquerdo, morava o Parelho da tipografia Brados do Alentejo.

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  10. De post em post fico sempre com água na boca,por não ter vivenciado tudo isto ao longo da vida,por aos 8 anos ter imigrado com a família para terras Lisboetas e me ter sido "roubada"a possibilidade de ser feliz no sitio onde nasci.Um grande BEM HAJA.

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  11. Magnífica lembrança a efeméride" 100 anos da Sapataria Joaquim Miguel". Deste-m,e lugar a muitas incursões vivenciadas do que era a minha ida à Rua do Almeida onde moravam os meus avós maternos. Os meus recados à drogaria da D. Virgínia, onde a minha mãe comprava aquelas loiças cativantes e as novidades vidreiras da época. Toda a envolvência daquela zona que tão bem conheci. O Senhor Joaquim Miguel, o senhor Leonel e Joaquim António Chouriço que eram o bastião do comércio de calçado em Estremoz. O Joaquim António ainda um talentoso actor das revistas à portuguesa que o grupo do Orfeão Tomás Alcaide levava a efeito. Um tempo áureo do comércio estremocense e das suas actividades culturais e recreativas. O tempo em que o senhor Matos, alfaiate, na sua bonomia circunspecta e considerada, arriscava um douto prognóstico para o resultado do Estremoz, Paço de Arcos em Hóquei em Patins. Enquanto o Lenine trazia uma bandeja de cafés para a esplanada do Alentejano, com a mestria de um contratado por Tayllerant. Depois...Depois... a ida para a Esplanada Parque era já a seguir...

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  12. QUERIDO COMPADRE HERNANI ! Sim Compadre ! No's os Estremozences e Alentejanos somos todos compadres ! Eu sou de Arraiolos mas cresci em Estremoz ! Sai' de la' por volta de 1958/59. Estou ha' 42 anos "andarilhando" pelas Africas e so' aderi recentemente a estas andancas da "net" ha' pouco tempo. Tenho seguido este seu blog e hoje na poso deixar de dar a minha "achega" para o belo conto de fadas acima descrito ! Sim - tambem eu vivi e calcureei essas paragens ! No's moravamos na Rua Elexandre Herculano nr. 37 ! Por baixo da nossa casa havia um portao onde morava uma "ciganada"! Ainda estou a ouvir as intermina'veis "Hispanholadas" e as palmas mais o toque das guitarras ! Quando era altura de comprar sapatos novos - a minha mae, que era Victoriana por educacao - nao ia a' rua ! Era eu e o meu mano Ze' Antonio que eramos "enviados" ao Senhor Joaquim Miguel com um "escritinho" e explicar o desejado ! Uma mala com o sapato do pe' direito de alguns pares era enviada "para esperimentar" em casa ! Depois de muita deliberacao la' tinhaos no's de fazer o percurso de novo ! Pagamento era no dia seguinte a cargo do meu pai ! Sim tambe'm no's iamos la'ao pao todos os dias! E ao "borralho" no Inverno ! Sim tambem eu passava horas a' porta da tipografia ! Zum .. Zum ... Tchim .... Zum .... Zum ... Tchim ,,, Porque e' que sera' que no's - tantos anos passados - nos recordamos e estamos aqui a falar de sons ... de cheiros ... (e as mulheres a assarem sardinhas e pimentos naqueles fogareiros de barro - a's portas de casa ). Tambem no's escala'vamos as muralhas ! Tanta coisa ! E os Bonecos dos Alfacinhas ? Para nao falar nas "peripe'cias" da Rua dos Carvoreiros ! No's eramos jovens demais para percebermos mas mora'vamos na Rua do Marmelo um pouco mais tarde e tinhamos forcadamente de "ver" tudo. O dia mais animado era sempre o dia em que a rapaziada nova ia "tirar" - primeiro as sortes e pepois, na maior parte dos casos, tirar a barriga das mise'rias ou ver como era ! Enfim ! Mil e uma vida que nos parece agora simples mas era tao bela ! Ou se nao bela - pelo menos cheia de promessas ! Ultima recordacao ! O Compadre lembra-se do Mourinha ! Senhor circunspecto com loja no Rossio - perto do Hospital. Julgo que era muito amigo do nosso caracter principal o Senhor Joaquim Miguel ! Na me lembro bem mas um filho desse Senhor ainda jogou voleibol -na Mocidade - comigo e com o meu irmao! Mil recordacoes ! Obrigado Compadre ! Ate' um dia destes ! Que tal outra "vinheta" a descrever os mercados de Sabado de manham com as vendedeiras de galinhas e os altifalantes a fazer musica e anuncios ???

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  13. Mais um saboroso produto da tua pluma caprichosa.
    Obrigada por nos dares estes 'mimos'.
    Abraço da tua amiga Marilisa

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  14. Obrigado sou eu, por teres a paciência de me ler.
    Um grande abraço para ti, também.

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  15. Ótimo trabalho, é bom recordar como esta cidade estava cheia atividades. Lembro me do Prof. Grilo, alto e magro. Foi o meu professor da primeira classe.

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  16. Sr. Hernâni, não sei se nos conhecemos, pois temos em comum o facto de ambos sermos estremocences. Depois de ler o seu artigo, o qual me fez recordar uma parte dos 15 anos da minha juventude, passados em Estremoz, fez-me bem recordar, pessoas e locais que menciona, bem haja.

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  17. Muito bom este texto. Leva-me à infância e adolescência.
    Vivi, desde que nasci, até aos 20 anos em Estremoz, depois o destino foi Lisboa mas tudo o que vivi aí foi gravado a ferros na minha memória e de tudo isto me lembro. Obg Hernâni.

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    1. Ora essa. Congratulo-me com o facto de o meu texto ser merecedor do seu interesse. Muito obrigado pelo seu comentário.

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