terça-feira, 26 de novembro de 2024
Apresentação do livro OS MISTÉRIOS DE OLIVENÇA de Carlos Luna
domingo, 29 de setembro de 2024
Pim! Onde é que já se viu uma Georgina assim?
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
ESTREMOZ - O neo-realismo a passar por aqui
D. Maria Fernanda Andrade.
[1]
“Gandaia” é um termo pertencente à gíria popular, cujo significado é: “Acto de remexer o lixo à procura do que nele se pode aproveitar”.
[2] Sinopse recolhida em https://tradestories.pt/carlos-lopes/livro/gandaia .
terça-feira, 5 de dezembro de 2023
Lançamento do livro "O Motorista dos Cortes/Histórias da minha terra" de José Domingos Ramalho
sexta-feira, 10 de novembro de 2023
18 de Novembro, às 15:30, no Museu Berardo Estremoz: “António Telmo em Estremoz”
António Telmo em Estremoz
Dar a conhecer a vida, a obra
e o pensamento de António Telmo, filósofo e escritor que durante três décadas
viveu e leccionou em Estremoz, é o propósito da sessão “António Telmo em
Estremoz”, que se realiza no Museu Berardo Estremoz no próximo dia 18 de
Novembro, sábado, a partir das 15:30, numa parceria da Câmara Municipal deEstremoz com o Projecto António Telmo. Vida e Obra.
A abrir a sessão terá lugar a
apresentação, por Elísio Gala, ensaísta e professor de Filosofia na Escola
Secundária do Redondo, do livro A Glória da Invenção – Uma aproximação aopensamento iniciático de António Telmo, de Pedro Martins e Risoleta C.
Pinto Pedro, recentemente editado pela Zéfiro, que é também a chancela que
publica as Obras Completas de António Telmo. Mara Rosa lerá alguns excertos da
obra.
Depois, António CândidoFranco, escritor e professor da Universidade de Évora, fará uma intervenção
sobre António Telmo.
Por fim, uma mesa-redonda
moderada por Pedro Martins, e que conta com a participação de Elísio Gala,
Hernâni Matos, Ilídio Saramago, João Fortio, João Tavares, José Capitão Pardal
e Paula Capelinha dará a conhecer, entre outras vertentes, a relação do
cidadão, do escritor, do professor ou do bilharista com Estremoz e com outras
terras da região, igualmente marcantes na sua vida e na sua obra.
Durante a sessão, estarão à
venda obras de António Telmo ou sobre António Telmo e temáticas afins, editadas
pela Zéfiro.
António Telmo - Nota biográfica
António Telmo Carvalho Vitorino nasceu em Almeida
em 2 de Maio de 1927, vindo a falecer em Évora em 21 de Agosto de 2010.
Licenciado em Filologia Clássica pela Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa, dedicou-se profissionalmente ao magistério, leccionando em Beja, Évora,
Sesimbra (onde foi também o primeiro director da Biblioteca Municipal), Redondo
(onde, no início da década de 70 fundou, instalou e dirigiu a Escola
Preparatória – nas suas palavras «a primeira escola democrática em Portugal,
ainda antes do 25 de Abril») e Estremoz, onde, na década de 80, se viria a
radicar.
Foi um dos filósofos mais audazes, originais e
fecundos de Portugal. Discípulo de Álvaro Ribeiro, José Marinho, Eudoro de
Sousa e Agostinho da Silva (a convite dos dois últimos, durante cinco
semestres, entre 1966 e 1968, ensinará Latim e Literatura Portuguesa na
Universidade de Brasília), António Telmo desenvolveu ao longo de várias décadas
um pensamento da razão poética, num diálogo constante entre a poesia e a
filosofia, o símbolo e a ideia, a imaginação e a inteligência – em suma, entre
a alma e o espírito.
Hermeneuta pioneiro e genial, a este intrépido
livre-pensador religioso, que restituiu ao esoterismo o seu direito de cidade
no pensamento português da segunda metade do século XX, se ficou a dever,
na História Secreta de Portugal, a subtil decifração, à luz da
gnose templária, dos medalhões simbólicos do Claustro do Mosteiro dos
Jerónimos; e, outrossim, a desocultação da obra poética de Luís de Camões,
sobretudo de Os Lusíadas – sem esquecer o subtil diálogo de
aprofundamento e desvendamento que estabeleceu com o corpus poético e
teorético de Fernando Pessoa. Por outro lado, com a sua Gramática
Secreta da Língua Portuguesa, António Telmo demonstrou, segundo uma dedução
cabalística dos fonemas conforme às estruturas da árvore sefirótica, a natureza
de língua sagrada do idioma pátrio.
Na senda de seu mestre Álvaro Ribeiro, que via na
filosofia portuguesa uma confluência sintetizadora das três religiões
abraâmicas, António Telmo, descendente de gente de nação, chama a atenção
para a existência, entre nós, de um subconsciente hebraico, fruto do
recalcamento a que mais de dois séculos de manifesto terror inquisitorial
haveriam fatalmente de nos conduzir. Deste modo, o filósofo reelabora a kabbalah judeo-cristã
à luz de um marranismo de que toma progressiva consciência e que irá porventura
culminar na sua iniciação maçónica, a que estará subjacente um propósito de
rectificação da Arte Real já aflorado na História Secreta de Portugal,
mas bem patente nas derradeiras obras do filósofo.
António Telmo deixou colaboração esparsa por inúmeros
jornais e revistas, entre os quais se destacam o Diário de Notícias,
o 57 ou a Espiral. Além do ensaio, a sua obra
abarca ainda a ficção, a dramaturgia e a poesia, géneros literários que só
episodicamente cultivou, mas sempre com uma evidente preocupação filosofal.
Entre os títulos da sua biografia, contam-se os seguintes livros: Arte
Poética (1963); História Secreta de Portugal (1977;
reed. 2013); Gramática Secreta da Língua Portuguesa (1981); Desembarque
dos Maniqueus na Ilha de Camões (1982); Filosofia e Kabbalah (1989); O
Bateleur (1992); O Horóscopo de Portugal (1997); Contos (1999); Viagem
a Granada (2005); A Hora de Anjos Haver (2007); A
Verdade do Amor, seguido de Adoração, de Leonardo Coimbra (2008); Congeminações
de um Neopitagórico (2009); O Portugal de António Telmo (2010); A
Aventura Maçónica (2011); Sesimbra, o lugar onde se não morre (2011).
Em 2021 foi publicado em França Philosophie et
Kabbale, tradução em francês do livro Filosofia e Kabbalah, com o
selo de Éditions de La Tarente, prefácio de Sylvie e Rémi Boyer e ilustrações
de Lima de Freitas.
As suas Obras Completas estão em curso de publicação
na editora Zéfiro, com o apoio institucional e científico do Projecto António
Telmo. Vida e Obra.
Texto da responsabilidade do Projecto António Telmo. Vida e Obra
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
CASA DO ALENTEJO, CULTURA, LIBERDADE E SOLIDARIEDADE - 100.º ANIVERSÁRIO
Integrado nas Comemorações do Centenário da Casa do Alentejo, terá lugar na sede desta casa regionalista, em Lisboa, no próximo dia 10 de Novembro (6.ª feira), a partir das 17 horas, a apresentação do livro Casa do Alentejo, Cultura, Liberdade e Solidariedade - 100.º aniversário. Digna-se presidir à sessão, Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A apresentação do livro estará a
cargo de Ana Paula Amendoeira (Directora Regional da Cultura do Alentejo) e
Santiago Macías (Director do Panteão Nacional).
Com coordenação de Rosa Calado e
Fernando Mão de Ferro, o presente livro é um contributo de cerca de 50
investigadores para um melhor conhecimento do Alentejo e da histórica
“Embaixada Cultural” em Lisboa. Fundada por alentejanos que procuravam, através
do convívio, práticas culturais e acções solidárias, minimizar as saudades do
seu território e das suas gentes. 100 anos depois, a Casa do Alentejo continua
aberta ao Mundo, com os mesmos propósitos e valores, e as mais variadas
manifestações sociais e culturais, inspiradas nos valores da Paz, da Justiça
Social e da Liberdade.
O livro, editado por Edições
Colibri e pela Casa do Alentejo, tem 490 páginas de formato 22,0 cm x 28,0 cm,
com impressão a cores em papel couché de 135 grs. O livro pode ser adquirido na
Casa do Alentejo, nas edições Colibri e em todas as livrarias que distribuem
obras daquela editora. O preço de venda ao público é de 40 €.
CASA DO ALENTEJO, CULTURA, LIBERDADE E SOLIDARIEDADE - 100.º ANIVERSÁRIO
Índice
sábado, 7 de outubro de 2023
José Saramago, Prémio Nobel há 25 anos
domingo, 1 de agosto de 2021
Um amigo de há quarenta anos
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
Hernâni: uma referência
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
Uma vida ao serviço da Cultura Portuguesa
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021
Ferozmente independente
Homem das letras exactas
Sempre na linha da frente
Sem timidez nem bravatas
Aguçado pela ciência,
Com método positivo,
Vens construindo um arquivo
Com saber e paciência.
Um marco da resistência
Da cultura popular,
A alma da nossa gente.
É uma forma de lutar,
E contra a maré remar,
Ferozmente independente.
Um guardador de memórias,
Que se perdem hora a hora.
Tempos da outra senhora.
Entre bonecos e estórias.
Os sonhos do povo, as glórias
De um viver ancestral.
Boneco, selo, postal,
Juntando dados e datas.
Hernâni Matos, o tal
Homem das letras exactas.
Coisas simples, verdadeiras.
Dás ânimo às boniqueiras,
Que contemplas e acarinhas.
Tu sabes ou adivinhas
Como se fazem artistas.
Cada peça que conquistas
Também enriquece a gente.
És homem largo de vistas,
Sempre na linha da frente.
Alimentas as raízes
O que escreves e o que dizes,
Sempre antigo, é sempre novo.
Coisas com que me comovo.
Hernâni, homem de Abril,
Outono primaveril:
As belezas que retratas
São a arte pastoril,
Sem timidez, nem bravatas.
Manuel Calado
Borba, 3 de Fevereiro de 2021