O alforge aqui apresentado, fazia
parte do recheio de um monte alentejano e foi confeccionado em tecido grosseiro com
quadrados vermelhos e brancos. Encontra-se guarnecido à volta com um debrum branco
e o topo dos sacos ostenta um recorte branco com um bordado cor-de-rosa. De
cada uma das extremidades do saco pende uma borla cor-de-rosa.
Os sacos encontram-se
monogramados com as letras “M” e “A, bordadas a linha cor-de-rosa,
correspondentes decerto às iniciais do(a) proprietário(a) e cada uma das letras
está ladeada por dois pés de uma flor indefinida, bordada a vermelho,
cor-de-rosa e verde claro.
A decoração do alforge não
faria sentido em exemplares usados no serviço diário, o que me leva a admitir que se
destinava a ser usado apenas em dias festivos, como era o caso da “bênção do
gado” pelo pároco da freguesia, tradição rural cuja origem se perde na memória
dos tempos.
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