O
presente relato tem por base a cronologia dos acontecimentos, sustentada por
documentos do MFA, muito em especial o Relatório da Operação “25 de Abril de
A origem do Movimento das Forças Armadas
O derrube da ditadura mais velha da Europa – o regime de Salazar e de Caetano - foi conseguido em 25 de Abril de 1974, graças à acção militar coordenada do Movimento das Forças Armadas – MFA, cuja origem remonta ao clima de instabilidade no interior das próprias forças armadas, particularmente do Exército, instabilidade essa que se manifestou em meados de 1973, com o surgimento do denominado Movimento dos Capitães, o qual aglutinava oficiais de média patente, insatisfeitos com as suas remunerações e com a perda de prestígio da oficialidade do quadro permanente, bem como com a Guerra Colonial que, desde 1961, ou seja, há 13 anos, se arrastava em 3 frentes, sem se antever uma solução política para a mesma, bem como pela previsibilidade de uma derrota militar iminente.
No seu poema “As portas que Abril abriu!”, o saudoso poeta José Carlos Ary dos Santos, diz-nos quem fez o de Abril de 1974:
“Quem o fez era soldado
homem novo Capitão
mas também tinha a seu lado
muits homens na prisão.”
E mais adiante:
“Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.”
A Missão atribuída ao RC3 à data do 25 de Abril de 1974
O RC3 de Estremoz tinha, à data dos acontecimentos do 25 de Abril, quadros que haviam regressado da Guiné, nos finais do ano anterior. A Unidade era uma das mais bem apetrechadas do sul do país. Era, sem sombra de dúvida, a mais forte em termos de material blindado, pelo que o comando do MFA contava com ela para assegurar o êxito da acção.
A Missão do RC3 era marchar o mais rapidamente possível sobre Lisboa, na madrugada de 25 de Abril de 1974, com uma coluna de auto-metralhadoras e estacionar na zona da portagem da ponte sobre o Tejo, ficando a constituir reserva às ordens do Posto de Comando do MFA. Para tal, havia que deslocar um Esquadrão constituído por dois pelotões de reconhecimento e um terceiro de Atiradores.
Dia 24 de Abril, pelas 3 horas, o Capitão Alberto Ferreira desloca-se à Aldeia da Serra onde recebe um aparelho de transmissões E/R TR28 e a Ordem de Operações, que entrega nesse dia de manhã ao Capitão Andrade Moura, que pôs ao corrente da situação o Major Fernandes Tomás, tendo ambos analisado a situação da Unidade em face de certos factores negativos que lhes apresentavam e eram:
- Presença do Director da Arma de Cavalaria, General Bessa, que se encontrava na Unidade desde 23 de Abril e que pernoitaria em 24 na cidade, em casa do Comandante.
- Intensificação da vigilância sobre os Oficiais do MFA da Unidade e sobre os capitães Miquelina Simões e Gastão da Silva, ambos de Lanceiros 1.
- A presença de Companhias recentemente apresentadas para instrução de Especialidades.
Após essa análise foi decidido não tomar qualquer atitude antes duma hora que pudesse provocar a quebra do segredo do que estava planeado. Esta decisão tinha como consequência a Impossibilidade da saída do Esquadrão à hora prevista, pois este não estava municiado e as munições encontravam-se em local afastado das viaturas. Dia 24 de Abril, pelas 10 horas, o Capitão Andrade Moura envia a Portalegre o Aspirante Matos de Sousa, para entregar a Ordem de Operações ao Capitão Gomes Pereira.
Dia 25 de Abril, pela 1 h 30 min da madrugada, o Capitão Andrade Moura solicita ao Major Machado Faria, que tinha acabado de chegar dum jantar oferecido ao General 8essa, a comparência em sua casa. Posto ao corrente do assunto, logo adere ao MFA.
Dia 25 de Abril, pelas 2 h da madrugada, os Capitães Andrade e Moura e Alberto Ferreira consideram problemática a saída da Unidade pois têm poucos apoios internos. A única possibilidade será conquistar o apoio do Comandante Coronel Caldas Duarte. Abordam-no então no sentido da sua adesão ao MFA. Este mostra-se indeciso e pede tempo para reflectir.
Dia 25 de Abril, pelas 4 h 30 min da madrugada, após cerca de duas horas de reflexão, o Comandante Coronel Caldas Duarte adere ao Movimento, colocando-se inteiramente ao lado dos seus oficiais. Iniciam-se então, de imediato os preparativos para a saída da coluna.
Chegados ao Quartel, o Capitão Andrade Moura ocupa a Central Telefónica e é posto em execução o plano de recolha de Oficiais e Sargentos, iniciando-se a preparação do Esquadrão. Colocado o pessoal ao corrente dos factos, logo aderem em bloco, mostrando todos desejos de marchar sobre Lisboa.
Composição do Esquadrão do RC3
A composição do Esquadrão era a seguinte:
Comandante do Esquadrão – Capitão Andrade Moura, coadjuvado pelo Capitão Alberto Ferreira. Acompanhou a força até à Ponte Salazar o Coronel Caldas Duarte. Integraram-se ainda na força os Capitães Miquelina Simões e Gastão da Silva, ambos do Regimento de Lanceiros 1 de Elvas, onde estavam colocados na sequência do frustrado golpe das Caldas, em 16 de Março.
1.º Pelotão de Reconhecimento: - Comandante 1.º Sargento Silva Brás; Comandantes de Secção: Furriel Miliciano. Correia, 1º Cabo Miliciano Caldeira, 1.º Cabo Miliciano Correia. Praças: 40.
2.° Pelotão de Reconhecimento: Comandante Aspirante Oficial Miliciano Matos de Sousa; Comandantes de Secção: 1.º Cabo Miliciano Martins; Praças 30.
3.° Pelotão Atiradores: Comandante Aspirante Oficial Miliciano Montalvão Machado; Comandantes de Secção: Furrieis Milicianos Barata e Maçôas; Praças: 30. O Oficial de ligação do Esquadrão era o Aspirante Miliciano Coelho Cordeiro.
A partida para Lisboa
De acordo com o “Plano Geral das Operações”, o início do cumprimento das missões militares estava previsto para as 3 horas da madrugada do dia 25 de Abril, sendo que só às 7 h, depois de armado e municiado e com bastante atraso em relação ao horário previsto, o Esquadrão do RC3 segue pela estrada Estremoz-Pegões-Setúbal.
No final da coluna seguem viaturas Berlier com munições, água, combustível e óleo.
A cerca de 4 km de Estremoz, uma viatura Unimog avaria. Verificando-se a Impossibilidade da sua reparação, O Capitão Andrade Moura ordena que a mesma seja abandonada. À passagem por Arraiolos nova viatura avaria e é também abandonada. Após uma paragem causada pelo aquecimento das viaturas blindadas, a marcha continua. Em Vendas Novas foi decidido atestar as viaturas, pois receava-se que, ao atingir a Ponte Salazar, a autonomia das mesmas fosse limitada, o que poderia impedir o cumprimento das missões que fossem atribuídas ao Esquadrão. Até Palmela não se regista qualquer incidente mas, junto da estação, avaria outra viatura, que não sendo possível reparar, foi abandonada no local.
Em Mortiça, o Esquadrão deriva em direcção a Palmela, a fim de evitar qualquer tentativa de intercepção por parte das tropas estacionadas em Setúbal.
A chegada à Ponte Salazar
Finalmente, cerca das 13 h 15 min do dia 25 de Abril, o Esquadrão do RC3 chega à Ponte Salazar, comunicando ao Posto de Comando do MFA que tomara posições. O Posto de Comando determina que o Esquadrão marche sobre a Casa de Reclusão da Trafaria para libertar os militares presos. O Comandante da Unidade, Coronel Caldas Duarte permanece na Ponte Salazar, seguindo posteriormente para Lisboa com os Capitães Miquelina Simões e Gastão da Silva que, em carro civil e como batedores, tinham acompanhado o Esquadrão desde Estremoz, trabalho que muito facilitou a sua marcha.
Pelas 13 h 30 min começam a chegar ao Posto de Comando do MFA notícias da tentativa de cerco às forças da Escola Prática de Cavalaria, de Santarém, comandadas pelo Capitão Salgueiro da Maia e que estão a cercar o Quartel do Carmo.
A Missão em Lisboa
Pelas 13 h 45 min, face à gravidade da situação, o Posto de Comando dá uma contra-ordem às forças do RC3 que se dirigiam ao presídio da Trafaria, para, o mais rapidamente possível, inverterem o sentido e dirigirem-se à zona do Quartel do Carmo, para dar apoio à retaguarda das forças da Escola Prática de Cavalaria que já ocupavam o Largo, a fim de aliviar a pressão que estava a ser exercida sobre elas por duas Companhias da G.N.R., uma Companhia de Polícia de Choque e quatro blindados do R. C. 7, que não tinham ainda aderido ao Movimento.
Invertida a marcha, o Esquadrão do RC3 atravessa a Ponte Salazar, atinge o Largo do Rato, dirigindo-se para o Carmo pela Rua da Escola Politécnica. Junto da Imprensa Nacional recebe as primeiras manifestações de apoio da população civil, que se dirige ao Capitão Andrade Moura, prestando Informações sobre as posições ocupadas pelas forças da G.N.R.
O Esquadrão chega em tempo record à zona do Largo do Carmo. Aí, os Capitães Andrade Moura e Alberto Ferreira dispõem as forças na Rua Nova da Trindade, na Rua da Misericórdia e no Largo de Camões, colocando-se em posição de bater os carros de Cavalaria 7 que se encontravam no alto do Chiado. Fazem então ver aos oficiais da G. N. R. que a situação era insustentável para eles e intimam-nos a renderem-se ou a abandonarem o local, dirigindo-se aos quartéis.
Cerca de 10 minutos após a entrada em cena do RC3, as forças leais ao regime, que tentavam o cerco à Escola Prática de Cavalaria no Largo do Carmo, desmobilizam. Pelas 14 horas, o Brigadeiro Junqueira dos Reis, do RC7, abandona o local e o restante pessoal do RC7 retira-se das posições no Largo de Camões e apresenta-se ao Capitão Andrade Moura, aderindo ao MFA.
Perante a intimidação do RC3, o comandante das forças da GNR contacta o Comando-Geral e após 30 minutos concentram-se no Largo da Misericórdia, seguindo depois para os quartéis. De salientar que os oficiais da G.N.R., desde o primeiro momento, tentaram resolver a situação de molde a evitar uma confrontação. O Esquadrão do RC3 manteve as suas posições até cerca das 19 h 30 min, tendo seguidamente ocupado o Largo do Carmo, pois tinha recebido ordens para tomar conta do Quartel da G. N. R.
Pelas 14 h 30 min, é lido um comunicado, pela voz da estremocense, Clarisse Guerra, locutora do Rádio Clube Português, no qual se noticiavam os objectivos já conquistados pelo MFA e era ainda divulgado o cerco ao Professor Marcelo Caetano e membros do Governo no quartel do Carmo.
Às 18 horas, o estremocense General António de Spínola, mandatado pelo Posto de Comando do MFA recebe no Quartel do Carmo, a rendição do 1º ministro, Professor Marcelo Caetano, a quem informa que ele e os restantes dirigentes do regime serão conduzidos ao Funchal por um DC6 da Força Aérea.
Do Quartel do Carmo saem, às 19 h 35 min, numa Auto-Metralhadora Chaimite, sob escolta da Escola Prática de Cavalaria, dirigindo-se ao Posto de Comando do MFA no Regimento de Engenharia 1, na Pontinha, onde chegam às 20 h 30 min. Com eles segue o General António de Spínola, que informa que acabara de assumir o poder no Quartel do Carmo.
Pelas 20 h 30 min, o povo de Lisboa que, desde manhã, segue as movimentações militares, começa a engrossar pelas ruas da Baixa, à medida que as Forças do MFA iam conquistando objectivos. A população começa depois a dirigir-se massivamente para a sede da PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso.
Pelas 21 h, os agentes da PIDE vendo a sua sede cercada pela população, abrem fogo indiscriminado, tendo feito 4 mortos e 45 feridos que serão socorridos pela Cruz Vermelha e encaminhados para o Hospital de S. José e para o Hospital Militar.
O Capitão Andrade Moura, estacionado no Largo do Carmo, ouve os disparos e é informado por populares do que se passa na sede da PIDE. Dirige-se então para a Rua António Maria Cardoso, a fim de evitar mais derramamento de sangue. Há grande dificuldades para que um veículo blindado de reconhecimento - PANHARD e dois jeeps atinjam o local, visto que a população deseja vingança e, completamente fora de si, impede qualquer manobra. Atingida aquela rua, a Panhard estaciona junto ao Teatro de S. Luís. A população pede vingança e que se ataque o edifício, em cujas janelas se viam alguns membros da PIDE/DGS.
Como a força era pequena para iniciar o cerco, o Capitão Andrade Moura ordena a comparência de reforços que estavam junto do Quartel do Carmo. Chegados estes, coloca vários atiradores naquela rua, enquanto outra Panhard e atiradores tomam posição na Rua Duques de Bragança e mais tarde na Rua Vítor Cordon.
O Capitão Andrade Moura, com prudência, a fim de mais uma vez evitar derramamento de sangue na tentativa da tomada da sede da PIDE de assalto, exige a sua rendição, o que não se processa logo. Como as forças eram insuficientes, o Capitão Andrade Moura pede instruções ao Comando do MFA, bem como reforços para completar o cerco à sede da PIDE, onde, conforme se soube posteriormente, estavam cerca de 250 agentes barricados, oferecendo resistência às forças do Exército.
Como não foram recebidas quaisquer ordens para um ataque que continuava a ser exigido pela população, este não foi executado. O Capitão Andrade Moura tenta então explicar à população a atitude do RC3. Após bastantes esforços, foi compreendido. Contudo, os populares não arredam pé, mas não Interferem, pedindo unicamente para os militares não deixarem fugir os Pides.
A madrugada do dia 26 de Abril
Os reforços, constituídos por dois destacamentos da Marinha, comandados pelo Capitão Tenente Costa Correia, chegam cerca das 2 h do dia de 26 de Abril. Foi então acordado que a força do RC3 se encarregaria do controlo das traseiras da sede da PIDE e que a Marinha controlaria o resto do edifício. Entretanto, já o RC3 capturara doze agentes da PIDE/D.G.S. e tinha abatido um que fugira, ao ser-lhe dada ordem de se entregar.
Pelas 3 h do dia 26, o Capitão Tenente Costa Correia, não conhecendo as intenções no interior da sede da PIDE, tenta acalmar os ânimos dos populares que se encontravam nas imediações e aguarda pelo nascer do dia. É ainda decidido utilizar um dos agentes capturados para servir de medianeiro entre a força e a Direcção da PIDE.
O dia 26 de Abril
Pelas 8 h 30 min da manhã, este vem a informar que o director da PIDE, Major Silva Pais e os seus agentes estavam dispostos a render-se, se as Forças Armadas garantissem a protecção aos agentes.
Às 9 h, o Capitão Tenente Costa Correia, o Capitão Andrade Moura e o Major Campos Andrada entram na sede da PIDE, onde aceitam a rendição desta.
Às 9 h 30 min, os militares do RC3 desarmam os agentes da PIDE e passam revista às instalações. No exterior, as forças de Marinha tentam conter a multidão, a qual grita, exigindo "justiça popular". São de seguida tomadas medidas destinadas a garantir a segurança das instalações e manter em funcionamento o Serviço de Estrangeiros e a Interpol. É também pedido ao Capitão Tenente Almada Contreiras que tome medidas para evacuar os agentes da PIDE, uma vez que a animosidade dos populares era crescente.
De salientar que a rendição da PIDE se dá após 12 horas de espera, ao longo das quais foi necessária a intervenção junto dos populares, recomendando prudência e civismo, a fim de evitar uma chacina de grandes proporções, que teria ocorrido se os populares tivessem concretizado um pretendido ataque às instalações onde os Pides estavam barricados.
Pelas 13 horas do dia 26 de Abril, iniciar-se-ia a libertação dos presos políticos nas cadeias de Caxias e Peniche.
A noite de 26 de Abril
Durante toda a noite do dia 26 de Abril, o esquadrão do R.C.3. manteve-se em duas posições: Largo do Carmo e Sede da PIDE. O dispositivo manteve-se até às 18 h, hora a que o Esquadrão recebe ordem de recolher ao Regimento de Cavalaria 7. Atingido este Regimento, o Esquadrão recebe ordens de seguir para Évora, a fim de escoltar o novo Comandante da Região Militar Sul, Coronel de Cavalaria Fontes Pereira de Melo. Porém, em virtude do cansaço dos homens, que há duas noites não dormiam, o Capitão Andrade Moura solicita ao Comando do MFA que a missão só seja cumprida ao amanhecer do dia 27. Tendo sido atendido, ficou o Esquadrão instalado no R.C.7.
O regresso a Estremoz
Dia 27 de Abril, pelas 6 h 30 min da madrugada, o Esquadrão do RC3 inicia o regresso a Estremoz, com a missão de escoltar até Évora o novo comandante da Região Militar Sul, Coronel Fontes Pereira de Melo. Évora é atingida cerca das 13h 45 min. O regresso do Esquadrão dá-se por Évora Monte. Durante todo o percurso, os militares do RC3 são alvo de significativas manifestações de regozijo, tanto dos automobilistas com que se cruzam na estrada, como pelos populares das povoações por onde a coluna passa.
A chegada a Estremoz
A entrada dá-se pelas portas de Santo António até ao quartel do Regimento, onde o Esquadrão do RC3, cumprida a missão que o levara a Lisboa, é alvo de grandiosa recepção popular, sendo aclamado pela multidão entusiasmada e recebendo honras militares.
Estremoz estivera presente na hora da libertação através do papel determinante desempenhado pelo RC3 no desenrolar dos acontecimentos. É caso para parafrasear o poeta José Carlos Ary dos Santos, dizendo:
“Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.”
Hernâni Matos
Publicado no jornal E, nº 332, de 11 de Abril de 2024
Publicado no jornal E, nº 332, de 11 de Abril de 2024
A
alegria da vitória, que o cansaço não conseguiu abater.
De pé, o 1º Sargento
Francisco Brás.
O
capitão Alberto Ferreira e os seus homens,
com um sorriso de satisfação.
À vista de Estremoz, a coluna militar em movimento.
Sempre presente, o “V” da Vitória.
Aspecto
parcial da coluna militar no seu regresso e com a missão cumprida.
O
Comandante do Esquadrão, Capitão Andrade Moura,
entra na cidade pelas Portas de
Santo António.
Um aspecto da coluna militar a atravessar as Portas de Santo António.
À chegada, frente ao edifício do RC3: Honras Militares e Aclamação Popular.
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