Sá Lemos trocando impressões com ti Ana das Peles numa sala de aulas
da Escola Industrial António Augusto Gonçalves. Fotografia de Rogério de
Carvalho (1915-1988), publicada no semanário estremocense “Brados do
Alentejo” nº 250, de 10 de Novembro de 1935. Arquivo fotográfico do autor.
Em Março de 1935 tem lugar o primeiro corso carnavalesco organizado pelo Orfeão de Estremoz Tomaz Alcaide, o qual se saldou por um assinalável êxito, não só pela participação da população, como pelo impacto junto de forasteiros que visitaram a cidade.
Em Novembro de 1935, o escultor José Maria de Sá Lemos (1892-1971), director da Escola Industrial António Augusto Gonçalves em Estremoz, dá como coroada de êxito a missão que a si próprio atribuíra de recuperação da extinta tradição de manufactura dos Bonecos de Estremoz, para o que contara com a colaboração de Ana das Peles (1869-1945), velha bonequeira que foi o instrumento primordial dessa recuperação.
Em 1935 os Bonecos de Ana das Peles participaram na “Quinzena de Arte Popular Portuguesa” realizada na Galeria Moos, em Genebra.
A repercussão que os três acontecimentos extraordinários referidos tiveram na cultura popular estremocense, leva-me a considerar que o ano de 1935 foi um ano admirável, excelente, formidável, maravilhoso, o que me levou a adjectivar o ano de 1935 com a locução latina habitual nestes casos: "annus mirabilis", a qual significa "ano maravilhoso" e que está na origem do título do presente texto.
Eu conheço os bonecos de Estremoz, são bem lindos!
ResponderEliminarÉ verdade.
EliminarObrigado por esta partilha de conhecimento e parabens pelo blog. Abraço
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