Rapariga a ler (c. 1887).
Theodore Rousell (1847-1926)
Óleo sobre tela (152 x 161 cm)
Tate Gallery, London.
Li algures que: “A actualizaçâo de software do cérebro humano é a leitura”.
- Boa malha! É o que diria o meu primo Feliciano da Purificação, todo ele consagrado às coisas de Espírito. Para falar de Paz nem a celeste Maria lhe chega aos calcanhares. De software já não digo tanto. Agora que é dado a arrebatadas leituras, lá isso é.
Porém, o mais importante é que ele representa a síntese dialéctica da loucura mística, do ladrar manso e de sonoros peidos musicais, que repetidamente e com solfejo transtagano, evocam alegoricamente um pífaro de Estremoz.
Não fosse a pestilenta semeadura de gases fecais e já o meu primo Feliciano da Purificação seria há muito Comendador da Húmida Ordem do Alqueva. Todavia não ultrapassa a mera condição de reles Cavaleiro da Ordem do Peido-Mestre. Deste modo, porque sou profundo conhecedor dos seus méritos e para além da fecalidade evidente, entendo que é caso para proclamar:
- Viva o Feliciano da Purificação!
- PUM!
POST-SCRIPTUM
Estou numa de anarco-literário. A gravata da minha fotografia no Facebook é um mero disfarce embusteiro do tempo da outra senhora. Farto do meu irmão gémeo e da minha prima Hifigénia, hoje nasceu-me o meu primo Feliciano da Purificação. Vamos lá a ver onde é que esta torrente vai desembocar. Todavia há sempre uma solução. Se ele se portar mal e me chatear o toutiço, faço-lhe o funeral literário tal-qualmente fiz à tia e ao mano, mas é sempre uma solução de evitar, já que com os cortes do Gaspar, não ganho para as carpideiras. Doravante, funerais sim, mas a seco!
POST-SCRIPTUM
Estou numa de anarco-literário. A gravata da minha fotografia no Facebook é um mero disfarce embusteiro do tempo da outra senhora. Farto do meu irmão gémeo e da minha prima Hifigénia, hoje nasceu-me o meu primo Feliciano da Purificação. Vamos lá a ver onde é que esta torrente vai desembocar. Todavia há sempre uma solução. Se ele se portar mal e me chatear o toutiço, faço-lhe o funeral literário tal-qualmente fiz à tia e ao mano, mas é sempre uma solução de evitar, já que com os cortes do Gaspar, não ganho para as carpideiras. Doravante, funerais sim, mas a seco!
Também poderá ser: "A escrita como instrumento de libertação da mulher".
ResponderEliminarParece-me ser mais consentâneo com a a bela ilustração que encima o texto.
Quanto ao texto abstenho-me de comentários.
EliminarAntónio:
Obrigado pelo seu comentário.
"A Escrita como Instrumento de Libertação do Homem" é a legenda do blogue "DO TEMPO DA OUTRA SENHORA", não é específica do post "Ler é preciso", o qual foi ilustrado com a imagem do quadro "Rapariga a ler", dado a sua beleza. Era aqui precisa uma ilustração de alguém a ler e a escolha recaiu sobre esta imagem.
Os meus cumprimentos.
Brilhante Hernâni...“Ludus est necessarius ad conversationem humanae vitae.”....Obrigada...Ao ler o teu texto fiquei mais forte... Dei por mim a dar gargalhadas como há muio não me acontecia.
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário.
ResponderEliminarO humor é a melhor panaceia para desentupir a canalização da alma.
Com a circulação retomada, conseguimos então rir a bandeiras despregadas.
Os meus cumprimentos.