ABRIL - Iluminura do “Livro de Horas do Duque de Berry” (Século XV), manuscrito
com iluminuras dos irmãos Paul, Jean et Herman de Limbourg, conservado no
Museu Condé, em Chantilly, na França.
- A água com que no Verão se há-de regar, em Abril há-de ficar.
- A água de Abril é água de cuco, molha quem está enxuto.
- A água que no Verão há-de regar, em Abril e Maio há-de ficar.
- A água, em Abril, carrega o carro e o carril.
- A aveia até Abril, está a dormir.
- A carranca é mãe do cuco, vem ao princípio de Abril e diz ao Maio que seu filho está para vir.
- A geada de Março tira o pão do baraço e a de Abril nem ao baraço o deixa ir.
- A invernia de Março e a seca de Abril põe o lavrador a pedir.
- A sardinha de Abril é vê-la e deixá-la ir.
- A ti, chova todo o ano, e a mim, Abril e Maio.
- A três de Abril, o cuco há-de vir e, se não vier a oito, está preso ou morto.
- Abril chove para os animais e Maio para as bestas.
- Abril chuvoso e Maio ventoso fazem o ano formoso.
- Abril com chuvadas, mentes amuadas.
- Abril e flores, alergias e suas dores.
- Abril e Maio são as chaves de todo o ano.
- Abril e Maio, chaves do ano.
- Abril frio dá pão e vinho.
- Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
- Abril frio traz pão e vinho.
- Abril leva as peles a curtir.
- Abril mete a ovelha no covil.
- Abril molhado, ano abastado.
- Abril molhado, sete vezes trovejado.
- Abril queima-se o carro e o carril.
- Abril vai a velha aonde há-de ir e a sua casa vem dormir.
- Abril, Abril, está cheio o covil.
- Abril, Abrilete, é o mês do ramalhete.
- Abril, águas mil e em Maio três ou quatro.
- Abril, águas mil, cabem todas num barril.
- Abril, águas mil, coadas por um funil.
- Abril, águas mil, peneiradinhas por um mandil.
- Abril, águas mil, quantas mais puderem vir.
- Abril, águas mil.
- Abril, cheio o covil.
- Abril, espigas mil.
- Abril, frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
- Abril, queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Abril, tempo de cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto.
- Agosto, engravelar; Setembro, vindimar;
- Água de Abril, peneirada por um mandil.
- Água de Maio e três de Abril valem por mil.
- Água que em Abril ficar, no Verão há-de regar.
- Água que no Verão há-de regar, em Abril há-de ficar.
- Águas de Abril são moios de milho.
- Águas de regar, de Abril e Maio hão-de ficar.
- Altas ou baixas, em Abril vêm as Páscoas.
- Antes a estopa de Abril, que o linho de Março.
- Ao princípio e ao fim, Abril costuma ser ruim.
- As manhãs de Abril são boas de dormir.
- Aveia até Abril está a dormir.
- Borreguinho de Abril, tomaras tu mil.
- Camponês em Abril tem bagaço no cantil.
- De grão te sei contar que em Abril não há-de estar nascido nem por semear.
- De Março a Abril há muito que pedir.
- De Março a Abril há pouco que rir.
- Depois de Ramos, na Páscoa estamos.
- Do pão te hei-de contar, que em Abril não há-de estar nascido, nem por semear.
- É mau por todo o Abril ver o céu a descobrir.
- É próprio do mês de Abril, as águas serem mil.
- Em Abril a velha sai e volta ao seu covil.
- Em Abril abre a porta à vaca e deixa-a ir.
- Em Abril ainda queima a velha o carro e o carril e deixa um tição para Maio, para comer as cerejas ao borralho.
- Em Abril cada pulga dá mil.
- Em Abril corta um cardo, nascerão mais de mil.
- Em Abril dá a velha a filha, por um pão a quem lha pedir.
- Em Abril deita-te a dormir.
- Em Abril dorme o moço ruim e em Maio dorme o moço e o amo.
- Em Abril e Maio moenda para todo o ano.
- Em Abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
- Em Abril lavra as altas, mesmo com água pelo machil.
- Em Abril o boi bebe no rio.
- Em Abril pelos favais vereis o mais.
- Em Abril queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril queima a canga e o canzil.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril e deixa um tição para Maio, para comer as cerejas ao borralho.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril e o que ficou, em Maio o queimou.
- Em Abril queima a velha o carro e o carril, uma camba que ficou, ainda em Maio a queimou e guardou o seu melhor tição para o mês de São João.
- Em Abril queimou a velha, o carro e o carril; e uma cambada que ficou, em Maio a queimou.
- Em Abril quer-se águas mil coadas por um mandil.
- Em Abril, a Natureza ri.
- Em Abril, a rês perdida recobra vigor e vida.
- Em Abril, a velha vai e volta ao seu covil.
- Em Abril, abre a porta à vaca e deixa-a ir.
- Em Abril, águas mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril, águas mil que caibam num barril.
- Em Abril, águas mil, coadas por um funil.
- Em Abril, águas mil, coadas por um mandil.
- Em Abril, águas mil, que caibam num barril.
- Em Abril, águas mil.
- Em Abril, cada pulga dá mil.
- Em Abril, cavar e rir.
- Em Abril, corta um cardo e nascerão mil.
- Em Abril, de uma nódoa tira mil.
- Em Abril, enchem o covil.
- Em Abril, espigar.
- Em Abril, guarda o teu gado e vai aonde tens de ir.
- Em Abril, lavra as altas, mesmo com água pelo machil.
- Em Abril, mau é descobrir.
- Em Abril, o cuco há-de vir.
- Em Abril, pelos favais vereis o mais.
- Em Abril, queijos mil e em Maio, três ou quatro.
- Em Abril, queijos mil.
- Em Abril, queima a canga e o canzil.
- Em Abril, queima a velha, o carro e o carril.
- Em Abril, queima a velha, o chambaril.
- Em Abril, queima o velho o carro e o carril e uma camba que guardou, ainda em Maio a queimou.
- Em Abril, queima-se o carro e o carril.
- Em Abril, queimou a velha o carro e o carril; e uma cambada que ficou em Maio a queimou.
- Em Abril, sai a bicha do covil.
- Em Abril, sai a velha do seu covil, dá uma volta e torna a vir.
- Em Abril, sai o bicho do covil.
- Em Abril, um pão e um merendil.
- Em Abril, vai a velha aonde há-de ir e torna outra vez ao seu covil.
- Em Abril, vai a velha aonde tem de ir e vem dormir ao seu covil.
- Em Abril, vai a velha onde quer ir e a sua casa vem dormir.
- Em Abril, vai a velha onde quer ir e a sua casa vem dormir.
- Em Abril, vai aonde hás-de ir e volta ao teu covil.
- Em Abril, vai onde deves ir, mas volta ao teu covil.
- Em Janeiro junta a perdiz ao parceiro, em Fevereiro faz um rapeíro, em Março faz o covacho, em Abril enche o covil, em Maio, pi-pi-pÍ para o mato.
- Em Janeiro seca a ovelha no fumeiro, em Março no prado e em Abril se vai medir.
- Em Janeiro seca a ovelha suas madeixas ao fumeiro; em Março, no prado e em Abril as vai urdir.
- Em lua de Abril tardia, nenhum lavrador confia.
- Em Março queima a velha o maço e em Abril, os arcos e o barril.
- Em Março, merenda o pedaço e em Abril, merenda o merendil.
- Em tempos de cuco, de manhã molhado, à tarde enxuto.
- Entre Abril e Maio, moenda para todo o ano.
- Entre Março e Abril, o cuco há-de vir ou o fim do mundo está para vir.
- Entre Março e Abril, o cuco há-de vir.
- Entre Março e Abril, o cuco ou é morto ou está para vir.
- Enxame de Abril para mim; de Maio para o meu irmão.
- Enxames em Abril, mil; em Maio, apanhai-os; pelo São João, apanhai-os ou não.
- Estação primaveril, cravos de Abril.
- Fevereiro couveiro, faz a perdiz ao poleiro; Março, três ou quatro; Abril, cheio está o covil; Maio pio-pio pelo mato; Junho como um punho; em Agosto as tomarás a cosso.
- Fevereiro recoveiro faz ir a perdiz ao poleiro, em Março, três ou quatro.
- Flores de Abril, coração gentil.
- Guarda pão para Maio e lenha para Abril.
- Horas de Abril ensolaradas põem mulheres descascadas.
- Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
- Janeiro geadeiro, Fevereiro aguadeiro, Março chover cada dia seu pedaço, Abril águas mil coadas por um funil. Maio pardo celeiro grado, Junho foice em punho.
- Janeiro gear, Fevereiro chover. Março encanar, Abril espigar, Maio engrandecer. Junho ceifar, Julho debulhar, Agosto engavelar. Setembro vindimar, Outubro revolver, Novembro semear, Dezembro nasceu Deus para nos salvar.
- Janeiro gear. Fevereiro chover, Março encanar, Agosto recolher. Setembro vindimar.
- Janeiro geoso, Fevereiro gravanoso, Março amoroso e Abril ventoso fazem o ano formoso.
- Janeiro geoso. Fevereiro nevoso. Março frio e ventoso. Abril chuvoso e Maio pardo, fazem um ano abundoso.
- Lama de Abril vale por mil.
- Mais vale uma chuvada entre Março e Abril, do que o carro, os bois, a canga e o canzil.
- Manhãs de Abril, boas de andar e doces de dormir.
- Manhãs de Abril, boas de andar, doces de dormir.
- Março ventoso e Abril chuvoso, do bom colmeal farão astroso.
- Março ventoso, Abril chuvoso, fazem o ano formoso.
- Março ventoso, Abril chuvoso, Maio florido e formoso.
- Março ventoso. Abril chuvoso, de bom colmeal farão desastroso.
- Março, encanar; Abril, espigar.
- Mau é Abril ver o céu a descobrir.
- Mau é por todo o Abril ver o céu a descobrir.
- Moinha de Abril vale por mil.
- Morraceira de Abril vale por mil.
- Não há mês mais irritado que o Abril zangado.
- Negócios no mês de Abril, só um é bom entre mil.
- Nevoeiro de Março não faz mal, mas o de Abril leva o pão e o vinho.
- No fim de Abril ninguém gabe madressilva nem desfolhe malmequeres.
- No princípio ou no fim, Abril sói ser ruim.
- No princípio ou no fim, costuma Abril a ser ruim.
- No saber trabalhar, amar e sofrer, está a arte de bem viver.
- Nódoa de Abril não há mês que a tire.
- Nunca a chuva de Abril é mau tempo.
- O grão em Abril, nem por semear nem nascido.
- O que Abril deixa nado, Maio deixa-o espigado.
- O vinho de Abril é gentil
- Pelo São Marcos (25/4) o trigo sacho, nem nabo, nem saco.
- Por Abril corta um cardo, nascerão mil.
- Por Abril dorme o moço madraceirão e por Maio, dorme o moço e o patrão.
- Por Abril, dorme o moço ruim e por Maio, dorme o moço e o amo.
- Por onde Abril e Maio passou, tudo espigou.
- Por onde Abril passou, tudo espigou.
- Por São Marcos (25/4), bogas e sáveis nos barcos.
- Por todo o Abril não te descobrir.
- Por todo o Abril, mau é descobrir.
- Primeiro de Abril, mentiras mil.
- Quando chegar Abril, tudo vai florir.
- Quando Março sai ventoso, sai Abril chuvoso.
- Quem caracóis come em Abril, aparelhe cera e panil.
- Quem em Abril não merenda, ao cemitério se encomenda.
- Quem em Abril não varre a eira e em Maio não rega a leira, anda todo o ano em canseira.
- Quem mata uma mosca em Abril, mata mais de mil.
- Quem me vir e ouvir, guarde pão para Maio e lenha para Abril.
- Ramos molhados, são louvados.
- Rês perdida, em Abril cobra vida.
- Rir e cantar em Abril faz saltar.
- Sáveis por São Marcos (25/4) enchem os barcos.
- Se chover em Maio, carregará el-rei o carro e em Abril, carril e entre Abril e Maio, o carril e o carro.
- Se chover entre Maio e Abril, carregará o lavrador o carro e o carril.
- Se entre Março e Abril o cuco não vier, o fim do Mundo está para vir.
- Se não chove em Abril, perde o lavrador couro e quadril.
- Se não chove em Abril, perde o lavrador o carro e o carril.
- Se não chover entre Maio e Abril, dará el-rei o carro e o carril, por uma fogaça e a filha a quem a pedir.
- Se não chover entre Março e Abril, podes vender o carro e o carril.
- Se não chover entre Março e Abril, vende o lavrador os bois e o carril.
- Se não chover entre Março e Abril, venderá el-rei, o carro e o carril.
- Se o cuco não vem entre Março e Abril, ou é morto ou está para vir.
- Se o vires em Março, apanha-o no regaço, se o vires em Abril, deixa-o ir; se o vires em Maio, agarrai-o; se o vires em Junho, nem que seja como um punho.
- Seca de Abril deixa o lavrador a pedir.
- Sol de Abril aquece e o trabalho esquece.
- Sol de Abril, quem no vir, abra a mão e deixe-o ir.
- Sono de Abril deixa-o a teu filho dormir.
- Tarde acordou quem em Abril podou.
- Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de vinte e oito, só há um, e os mais têm trinta e um.
- Uma água de Maio e três de Abril, valem por mil.
- Uma gota de Abril, vale por mil.
- Uma invernia de Janeiro e uma seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
- Vento de Março e chuva de Abril, vinho a florir.
- Vento de Março, chuva de Abril, fazem o Maio florir.
- Videira em Abril a florescer, uvas em Agosto a amadurecer.
- Vinha que rebenta em Abril, dá pouco vinho para o barril.
- Vinho de Abril é gentil.
- Vinho de Março não vai ao cabaço e vinho de Abril não enche cantil.
Hernâni Matos
Publicado inicialmente em 8 de Abril de 2012
Publicado inicialmente em 8 de Abril de 2012
Adorei.
ResponderEliminarAdoro estas coisas. É bom que nunca se percam...
Adoro provérbios, ignorava que houvessem tantos para este mês. Bga por aumentar a minha cultura geral, bjs
ResponderEliminarIncrível.O meu pai que tantos sabia, como os deixei perder. Sim mas não era comparável a esta quantidade espantosa No Alentejo era usual, nos serões de Inverno,aprendermos provérbios, adivinhas e quadras populares. Era adorável,o meu pai. Obrigada por transmitir o seu saber
ResponderEliminarEu é que lhe estou grato por partilhar comigo, o interesse pela sabedoria popular.
EliminarAgradecida pela generosidade de partilhar
ResponderEliminarAlbertina:
EliminarPartilhar é preciso, para passar o testemunho da voz do povo.
Uma riqueza!
ResponderEliminarConcordo consigo, amigo. É farta a sabedoria popular.
EliminarMuito interessante o seu blogue!.
ResponderEliminarBom dia! Gostaria de saber o significado do provérbio
ResponderEliminarEm abril, de uma nódoa tira mil.
Muito obrigada.
Embora integre a minha recolha, o seu significado é para mim desconhecido.
EliminarSugiro que contacte a ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE PAREMIOLOGIA, presente no Facebook
https://www.facebook.com/associacaointernacionalparemiologia/
Muito obrigada pela sua resposta! Irei pesquisar a associação referida a ver se encontro a resposta.
EliminarCreio que eles possam ter resposta para a sua pergunta. Se a derem, fico-lhe muito grato se lhe for possível transmiti-la.
EliminarDesde já o meu muito obrigado.
Cumprimentos.