Fotografia de Luís Dias.
Frequentador assíduo do Mercado da Velharias em Estremoz, sou considerado por muitos como fazendo parte da “mobília”. E não sou “cristão novo”! A minha fé no Mercado remonta aos tempos da sua criação.
Por ali tenho conhecido algumas das minhas maiores alegrias como coleccionador e tenho cimentado amizades sólidas e de respeito mútuo com muitos vendedores, com os quais tenho partilhado conhecimentos e com os quais também tenho aprendido muito.
Com Sebastião da Gama, partilho entre muitas outras coisas, a firme convicção de que o sábado é o melhor dia da semana. Por isso, nos sábados de manhã, o meu escritório é ali. Quem me quiser encontrar já sabe onde eu assento arraiais e cumpro os meus preceitos e rituais de coleccionador da velha guarda.
Foi no Mercado das Velharias que no passado dia 27 de Abril fui surpreendido pelo fotógrafo Luís Dias, o que me levou instintivamente a esboçar um sorriso com que iluminei aquilo a que os outros convencionaram chamar um “ar carrancudo”. Foi um sorriso parcialmente eclipsado pelas lentes fotocromáticas que me protegem dos ultravioletas.
Agente do FBI? Nem pensar?
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