Combate
Joaquim Namorado (1914-1986)
Nada poderá deter-nos
Nada poderá vencer-nos.
Vimos do cabo do mundo
Com este passo seguro
De quem sabe aonde vai.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Guerras perdidas e ganhas
Marcaram o nosso corpo,
Mas nunca em nós foi vencida
Esta certeza sabida
De saber aonde vamos.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Os mortos não os deixamos
Para trás, abandonados,
Fizemos deles bandeiras,
Guias e mestres, soldados
Do combate que travamos.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Nada poderá deter-nos,
Pró assalto das muralhas
Nossos corpos são escadas,
Para as batalhas da rua
Nossos peitos barricadas.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Nada poderá vencer-nos,
Vimos do cabo do mundo
Vimos do fundo da vida:
Que somos o próprio mundo
E somos a própria vida.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Joaquim Namorado (1914-1986)
Nada poderá deter-nos
Nada poderá vencer-nos.
Vimos do cabo do mundo
Com este passo seguro
De quem sabe aonde vai.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Guerras perdidas e ganhas
Marcaram o nosso corpo,
Mas nunca em nós foi vencida
Esta certeza sabida
De saber aonde vamos.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Os mortos não os deixamos
Para trás, abandonados,
Fizemos deles bandeiras,
Guias e mestres, soldados
Do combate que travamos.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Nada poderá deter-nos,
Pró assalto das muralhas
Nossos corpos são escadas,
Para as batalhas da rua
Nossos peitos barricadas.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Nada poderá vencer-nos,
Vimos do cabo do mundo
Vimos do fundo da vida:
Que somos o próprio mundo
E somos a própria vida.
Nada poderá deter-nos,
Nada poderá vencer-nos!
Joaquim Namorado (1914-1986)
#Poesia Portuguesa - 205
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