Canção do Camponês
Arquimedes da Silva Santos (1921-2019)
Adeus trigo, ai, adeus trigo,
Depois de ceifado, adeus:
Amanho-te e não mastigo,
Ai, nem eu, nem eu nem os meus.
O escravo da campina
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!.
Searas cor de sol posto,
Meu mar alto de aflição
Enche-o com suor do rosto,
Ai, em troca falta-me o pão.
O escravo da campina
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!.
Ai campos, como os meus olhos.
Ai campos, como os meus olhos,
Rasos de água tanta vez:
Foram-se espigas nos molhos,
Ai, vem fome para o camponês.
O escravo da campina,
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!
Arquimedes da Silva Santos (1921-2019)
Adeus trigo, ai, adeus trigo,
Depois de ceifado, adeus:
Amanho-te e não mastigo,
Ai, nem eu, nem eu nem os meus.
O escravo da campina
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!.
Searas cor de sol posto,
Meu mar alto de aflição
Enche-o com suor do rosto,
Ai, em troca falta-me o pão.
O escravo da campina
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!.
Ai campos, como os meus olhos.
Ai campos, como os meus olhos,
Rasos de água tanta vez:
Foram-se espigas nos molhos,
Ai, vem fome para o camponês.
O escravo da campina,
Ouve o motor do tractor
Com ele mudas a sina –
Da terra és conquistador!
Arquimedes da Silva Santos (1921-2019)
Hernâni Matos
#Poesia Portuguesa - 204
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