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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Bonecos de Estremoz: João Fortio


João Fortio (1951- )

João Manuel Pires Fortio nasceu a 12 de Dezembro de 1951 na freguesia de Santo André do concelho de Estremoz. Filho legítimo de Arménio João Marvão Fortio, de 29 anos, bancário, natural de Veiros no concelho de Estremoz e de Aida Leonisa da Graça Pires, de 23 anos, doméstica, natural da freguesia de São Saturnino do concelho de Fronteira, ambos moradores na Rua Brito Capelo, nº 17, em, Estremoz (297). No IADE tirou o Curso de Design de Interiores e na tropa frequentou o Curso de Fotografia e Cinema dos Serviços Cartográficos do Exército. Foi Professor de Educação Visual e de Educação Visual e Tecnológica na Escola Preparatória Sebastião da Gama, funções que desempenhou a partir de 1978 até à sua aposentação, em 2008. Desenhador, Pintor e Ceramista, nele as várias formas de expressão artística surgiram espontaneamente em distintos instantes: Desenho (1961), Pintura (1968), Cerâmica (1982) e hoje completam-se umas às outras. Em qualquer das formas de expressão artística que cultiva, o Artista tem palmilhado diversas fases que se completam e o completam. Na Cerâmica começou por recriar os Bonecos de Estremoz, pois além de executar os “Bonecos da Tradição”, criou muitos outros modelos, o que aconteceu entre 1982 e 1996. Partiu depois para a Azulejaria. O seu ateliê começou por ser na sua residência, na Avenida Dr. Marques Crespo, 31. Dali transitou par o Largo Dom Dinis, 8 e acabou por se fixar na Horta do Forinho em São Bento do Ameixial, onde, depois de um longo interregno na arte bonequeira, resolveu agora retomar a actividade. De salientar a sua participação em múltiplas edições das Feiras de Arte Popular e Artesanato do Concelho de Estremoz, na dupla condição de bonequeiro e de azulejista. Ensinou Cerâmica na Escola Profissional da Região Alentejo, tendo ainda elaborado o programa de Cerâmica para o 2º ciclo do Ensino Básico, visando criar a disciplina de Cerâmica como oferta de Escola. Na condição de Ceramista é membro fundador da Associação de Artesãos do Concelho de Estremoz. Na sua actividade artística, a Pintura é dominante e impõe-se ao Desenho e à Cerâmica, de tal modo que se fosse forçado a expressar-se plasticamente de uma forma única, escolheria a Pintura, que para ele é um modo de dar vida (cor, forma, luz, movimento) e algum sentido ao imaginário que o povoa no quotidiano Para a definição da sua identidade artística muito contribuíram Picasso, Almada Negreiros e E. C. Escher. E Professores como Espiga Pinto e Lima de Freitas. Tem participado em múltiplas exposições colectivas e individuais, com Desenhos, Pinturas e Cerâmica diversa, sendo de salientar os Salões da Primavera do Estoril na década de 70, o Festival de São Lucas de Évora nos anos 80 e a Exposição Retrospectiva de 40 anos de Actividade Artística em 2008 no Centro Cultural Dr. Marques Crespo em Estremoz, numa organização da Associação Filatélica Alentejana. Está representado em muitas colecções particulares e espaços públicos da Europa, Estados Unidos, Argentina, Brasil e Tailândia, entre outros. Além de artista plástico, é escritor. Publicou até hoje: Orvalho do Sol (2008), Demasiado / too much (2008), Promontório da Utopia (2011), Livro dos Prefácios 1 (2011) e Cento e tal Sonetos (2012). Tem diversos livros no prelo. Anteriormente acontecera uma incursão pelo jornalismo nos Brados do Alentejo e no Eco de Estremoz, onde foi repórter desportivo e cobriu acontecimentos mundanos
  
Pastor (1996). João Fortio (1951- ). Colecção e fotografia de Adelino Caravela.

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