Guardador de memórias de arte pastoril alentejana, sob a
epígrafe QUANDO A CORTIÇA SE TRANSFORMA EM ARTE, publiquei recentemente no Facebook,
as imagens de 3 quadros em cortiça, pertencentes ao meu acervo de arte pastoril
alentejana, os quais mereceram o apreço generalizado de amigos e seguidores.
Uma dessas pessoas foi a minha estimada amiga Manuela Mendes,
que há muito assumiu o Compromisso de Salvaguarda da Memória da Fábrica Robinson
de Portalegre, que muito justamente considera a verdadeira JOIA da COROA de
Portalegre. Como comentário à terceira publicação que eu fiz dos meus quadros
de cortiça, perguntou:
- “E este Prof? Um dos muitos exemplares de grande
formato feito em Portalegre na primeira metade do séc. XX.”
Referia-se a uma folha de calendário para os meses de Maio e
Junho de 1963, impresso em aglomerado de cortiça e editado pela Fábrica
Robinson de Portalegre (Fig. 2).
A minha resposta foi a seguinte:
Manuela:
Este quadro (Fig. 1)
é de tal maneira extraordinário, que se situa num patamar superior a tudo
aquilo que me é dado conhecer.
A moldura é em cortiça.
A orla que ladeia
interiormente a moldura é um autêntico filigrana do mesmo nobre material.
O tema do quadro é o registo etnográfico do “Ciclo
da cortiça” nas suas diferentes fases em tempos de antanho, com a particularidade de os
intervenientes no ciclo estarem representados por figurinhas esculpidas em
madeira.
Onde parará esta jóia da arte pastoril alentejana? Quem terá sido o seu
criador? São duas perguntas (im)pertinentes, que ficam à espera de resposta.
Se me autorizar a
reproduzir a imagem e se não se importar, após adaptação publicarei o presente
texto no meu blogue.
Bem-haja. Um forte abraço
deste caminheiro e guardador de memórias da arte pastoril alentejana, que
admira todo o seu trabalho em prol da preservação da Memória da Fábrica Robinson
de Portalegre.
E a autorização chegou.
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