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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Dia Nacional do Azulejo - 2024


Batalha do Ameixial em 1663 (séc. XVIII). Painel de azulejos de uma das salas do Palácio Tocha,
construído no início do século XVIII para residência do capitão Barnabé Henriques e sua família.
No interior sobressaem azulejos que representam cenas campestres, mitológicas ou de batalhas
da História Regional. No edifício funciona actualmente o Museu Berardo Estremoz, inaugurado em
25 de Julho de 2020 e que está dotado de um extraordinário e grandioso acervo azulejar.


Azulejos e Identidade Cultural Nacional
Ao longo de mais de cinco séculos, o azulejo tem sido usado em Portugal, como elemento associado à arquitectura, não só como revestimento de superfícies, mas também como elemento decorativo.
Pela sua riqueza cromática e pelo seu poder descritivo, o azulejo ilustra bem a mentalidade, o gosto e a História de cada época, sendo muito justamente considerado como uma das criações mais singulares da Cultura Portuguesa e um paradigma da nossa Identidade Cultural Nacional.

Dia Nacional do Azulejo
A 6 de Maio assinala-se o Dia Nacional do Azulejo, criado por proposta do Projecto ”SOS Azulejo”’ datada de 2016 e aprovada por unanimidade pela Assembleia da República, em 24 de Março de 2017.
O Dia Nacional do Azulejo é um evento anual que tem como objectivo reconhecer esta tradição e património nacional, projectando a sua importância, constituindo-se, igualmente, numa ocasião de evocação da sua protecção e preservação.
O Projecto SOS Azulejo criado em 28 de Fevereiro de 2007, é de iniciativa e coordenação do Museu de Polícia Judiciária (MPJ), na dependência do Instituto de Polícia Judiciária e Ciências Criminais (IPJCC), e nasceu da necessidade imperiosa de combater a grave delapidação do património azulejar português que se verificou recentemente, de modo crescente e alarmante, por furto, vandalismo e incúria.

Património Azulejar de Estremoz
O património azulejar da cidade de Estremoz é riquíssimo e está maioritariamente distribuído pelos seguintes edifícios: Convento dos Congregados do Oratório de São Filipe de Néri, Ermida de Santo Cristo, Convento das Maltesas, Convento de São Francisco, Palácio Tocha, Igreja do Anjo da Guarda, Antigo Hospital da Misericórdia, Convento de Nossa Senhora da Consolação, Passos da Irmandade do Senhor Jesus dos Paços, Armaria de D. João V (Pousada da Rainha Santa Isabel), Igreja de Santa Maria, Capela da Rainha Santa Isabel, Igreja de São Tiago, Estação da CP de Estremoz, Quinta de Nossa Senhora do Carmo, Ermida de Nossa Senhora da Conceição e Ermida de Nossa Senhora dos Mártires.
Para além do revestimento interior destes edifícios, há que destacar ainda o extraordinário e grandioso acervo azulejar do Museu Berardo Estremoz, instalado no Palácio Tocha e inaugurado em 25 de Julho de 2020.

Hernâni Matos


O Milagre das Rosas. Painel de azulejos (126x173,5 cm) de meados do séc. XVIII,
da autoria de Policarpo de Oliveira Bernardes (1695-1778), pintor e azulejista alentejano,
pertencente ao chamado ciclo dos mestres, período em que se produziram as melhores peças
azulejares, do barroco português. Sacristia da Igreja do Convento de S. Francisco, Estremoz. 

Cena de caça (séc. XVIII). Painel de azulejos do Convento dos Congregados de S. Filipe Nery,
actual edifício dos Paços do Concelho de Estremoz. 

Dar de beber a quem tem sede (séc. XVIII). Um dos painéis de azulejos com as
virtudes Cardeais e Teologais, existentes na antiga Igreja da Misericórdia de Estremoz.

Adão e Eva no Paraíso (Séc. XVIII). Painel existente na Capela dos Passos
situada  no alçado exterior direito da Igreja do Convento de São Francisco. 

Milagre da criança salva das águas (c. 1725). Teotónio dos Santos (?). Painel de
azulejos  (2,60 m x 2,40 m). Capela da Rainha Santa Isabel do Castelo de Estremoz.

 Painel de azulejos (séc. XVIII) da Real Fábrica de Cerâmica de Estremoz.
Museu Municipal de Estremoz.

Painel de azulejos policromos de temática mariana (c. 1669).
Ermida de Nossa Senhora da Conceição, templo maneirista
situado nos arredores de Estremoz, edificado no último quartel
do século XVI. 

Painéis de azulejos (meados do século XVIII), saídos de uma grande
oficina lisboeta, cuja temática iconográfica é inteiramente dedicada
a cenas da vida da Virgem e da Infância de Jesus. Ermida de Nossa
Senhora dos Mártires, cuja origem remonta ao reinado de D. Fernando
e terminada pelo Condestável Dom Nuno Álvares Pereira, Senhor
da Vila de Estremoz.

 Estremoz – Mercado de Sábado (1940). Painel azulejar policromático da autoria
de Alves de Sá (1878-1972), fabricado na Fábrica de Cerâmica da Viúva Lamego,
em Lisboa. Estação da CP em Estremoz.

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