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domingo, 11 de abril de 2021

Quando levantar o cerco


 António Morais Arnaud. Engenheiro Mecânico. Doutor em Informática.
Professor Universitário.

Todas as Terras deviam ter um Hernâni que conhecesse a sua História, as suas gentes, que apreciasse a sua beleza e as defendesse com a palavra amplificada pelas tecnologias, da informação pós-Gutenberg e da comunicação digital. Muitas tiveram a sorte de terem sido berço de escritores que perpetuaram em livro a memória da época em que viveram e algumas foram estudadas por apaixonados que reuniram memórias etnográficas, arquitetónicas, com respeito pelos concidadãos que as cuidaram.
Só conheci o Hernâni neste século, apesar de ter ido para a Valeja, a 14 km de Estremoz, com uma semana de idade e de aí ter passado até aos 20 anos, Natais, Páscoa e parte das férias grandes, com idas a Estremoz, semanais e nos dias de festa. Só passei a conhecer Estremoz e a lembrar aspectos do meu crescimento com o blogue que o Hernâni tem mantido vivo, com a sua paixão multifacetada, acompanhando e defendendo a integridade do património cultural com independência, isenção e conhecimento meticuloso. 
São inúmeros os agradecimentos que deveria fazer ao Hernâni, da gastronomia que partilhámos, às conversas na Feira de Velharias, onde ele salvava objectos abandonados, passando pelos muitos amigos comuns e vivências relembradas. 
Só aguardo o levantar deste cerco às nossas vidas para voltar ao Sábado à Terra de que mais gosto neste país que tenho percorrido e almoçar com o Hernâni no Tira-Picos.
 
António Morais Arnaud
Lisboa, 20 de Março de 2021

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