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segunda-feira, 27 de março de 2017

Poetas em defesa da olaria de Estremoz - 06


Lúcia Cóias (1934-2023).
Empregada de comércio e poetisa, natural de Estremoz.
LIVROS – Poesia Popular (2015); Rosas Brancas (2016).


As bilhas de Estremoz

Do barro saem as bilhas tão formosas
Pelas mãos do oleiro bem moldadas
De flores, troncos e pedrinhas enfeitadas
Tão bonitas, tão singelas, tão vistosas

Foram noutros tempos, uma fonte de riqueza
Orgulho de Estremoz também outrora
Espalhadas com prazer p’lo mundo fora
Depois de matarem a fome à pobreza

E lá na campina, quando o sol abrasava
P’la charneca, moça morena na bilha levava
A água fresquinha para o cavador

Alegre e serena, escondendo desejos
Matava depois a sede com beijos
Qual Samaritana dando água ao Senhor

Publicado inicialmente em 27 de Março de 2017

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