António Guterres
Vencer na cena internacional é extremamente
complexo, tal a junção de razões conjunturais e estruturais, ainda por cima num
mundo mais imprevisível do que nunca. Mesmo para os melhores. Mas quando os
melhores ganham é bom, é muito bom. Foi o que aconteceu neste caso.
António Guterres era e é, claramente, o melhor para
o cargo. Pelas suas qualidades pessoais, pelo seu currículo na própria ONU,
pela capacidade de visão e de equação dos principais problemas universais.
Demonstrou-o ao longo de meses na sua candidatura. É certo que com o apoio de
um esforço singular de unidade nacional, de uma solidariedade institucional
absoluta, de uma diplomacia que teve no primeiro-ministro e, em especial, no
ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros um papel estratégico crucial, de
uma equipa notável e de um protagonista de exceção, que foi o representante de
Portugal na ONU, embaixador Álvaro de Mendonça e Moura. E da voz prestigiada do
presidente Jorge Sampaio.
Tudo isto é verdade. Mas António Guterres foi o
melhor. Pelo facto muito simples de que é o melhor. De longe. Por isso, a
vitória é, em primeira linha, sua. Ou, se quisermos ser justos e prospetivos,
da comunidade internacional, que soube perceber o que estava em causa. E teve a
coragem de escolher em conformidade.
Termino como comecei: que bom ter ganho o melhor!
Quando esse melhor é português, que honra para o Presidente da República de
Portugal poder testemunhar e celebrar esse momento histórico.
Hernâni Matos
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