COROAÇÃO DE D. JOÃO IV (1908). Quadro de Veloso Salgado (1864-1945). Óleo sobre tela (325 x 285 cm ). Museu Militar (Sala Restauração), Lisboa. Representa a aclamação de D. João IV no Terreiro do Paço, tendo o Tejo como fundo e os chefes da conspiração em frente do novo rei. A Restauração da Independência Nacional deu-se em 1 de Dezembro de 1640.
Por pressão da “troika”, o actual Governo pretende resumir o número de feriados em 2012, sejam civis, religiosos ou municipais e banir as pontes nos feriados que se celebram a uma terça ou quinta-feira. As razões invocadas são que por cada dia de paragem, a economia portuguesa perde 40 milhões de euros. Entre os feriados civis a eliminar estão o 5 de Outubro e o 1º de Dezembro.
O feriado do 5 de Outubro tem assinalado até agora a vitória da revolução republicana e a queda da Monarquia a 5 de Outubro de 1910. Com ela ocorreu uma mudança de paradigma. As instituições e símbolos monárquicos (Rei, Cortes, Bandeira Monárquica e Hino da Carta) foram proscritos e substituídos pelas instituições e símbolos republicanos (Presidente da República, Congresso da República, Bandeira Republicana e A Portuguesa), o mesmo se passando com a moeda e as fórmulas de franquia postais. Foi assim que uma Monarquia com oito séculos de existência foi substituída por uma República que tomou o poder nas ruas de Lisboa e depois de o proclamar às varandas da Câmara Municipal, o transmitiu para a província à velocidade do telégrafo.A efeméride do 5 de Outubro, tornado feriado oficial, é comemorada vai para 112 anos. É uma comemoração que não é pacífica. Com efeito, os monárquicos, muito legitimamente, repudiam as comemorações republicanas que assinalam o derrube do regime que defendem e mobilizados pela Causa Real assinalam na mesma data, a fundação da Nacionalidade por D. Afonso Henriques, já que foi a 5 de Outubro de 1143, que se realizou em Leão, a Conferência de Zamora, pela qual o rei Afonso VII de Castela e Leão, foi forçado a reconhecer a Independência de Portugal. Constato que a comemoração do 5 de Outubro se situa no domínio dos temas fracturantes na sociedade portuguesa. Daí que não me choque a sua supressão como feriado civil. O mesmo não direi da abolição do feriado do 1º de Dezembro.
O feriado do 1º de Dezembro, comemorado até ao presente, é evocativo da Restauração da Independência de Portugal, a 1 de Dezembro de 1640, após seis décadas de domínio filipino. É uma efeméride que por isso une todos os portugueses, já que naquela data, Portugal recuperou a dignidade perdida e o direito à sua identidade como Estado-Nação.
Pessoalmente, considero a supressão do feriado do 1º de Dezembro pelo governo português como uma atitude anti-patriótica, a qual vivamente repudio.
Apesar da minha atitude, tudo ficará por aqui, pois o povo português é manso ou pelo menos tem sido até agora. Que se passaria nos EUA, se o Presidente decidisse proclamar que deixaria de ser feriado, o dia 4 de Julho, que marca a Declaração de Independência daquela Nação, face ao Império Britânico, ocorrida em 1776? Que responda quem souber…
Publicado inicialmente em 1 de dezembro de 2012
Painel de azulejos de finais do séc. XVII representando a reunião dos Conjurados. Uma fita na parte superior apresenta a legenda “Amor Constância e Fidelidade” e na parte inferior, “Venturoso Citio, honrosas conferenciassem que se firmou a Redenção de Portugal”. A reunião ocorrida a 12 de Outubro de 1640, decorreu no Palácio dos Almada em Lisboa, onde hoje está sediada a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, em cujo Jardim se encontra o painel de azulejos. Participaram então na reunião, os conjurados D. Antão de Almada, António de Saldanha, Jorge de Melo, Francisco de Melo, D. Miguel de Almeida, Pedro de Mendonça e João Pinto Ribeiro, procurador da Casa de Bragança em Lisboa.
Não acho bem que se suprima o feriado do 1º de Dezembro,comemora-se o dia da independência da Pátria do regime Filipino, no contexto actual por causa dos mercados e da Troika querem que o nosso passado se apague, é um "agachamento" total perante Bruxelas, mas nos Países deles certamente não se acaba com os feriados que marcam independências e nem os USA admitiam que se acabasse com o 4 de Julho, e
ResponderEliminarporquê nós?
É exactamente essa ideia que eu perfilho, Carmem.
EliminarTemos que ser unidos como os dedos da mão e mostrar toda a nossa indignação e revolta,perante este estado de coisas. Lá diz o rifão. "Quem não se sente, não é filho de boa gente."
Antes do mais, permita-me que o felicite por este excelente blog, como também pelo Grupo criado no facebook.
ResponderEliminarQuanto ao assunto da publicação - eliminação, por parte do Estado português, da celebração municipal e nacional, de algumas datas histórico-simbólicas -, partilho totalmente da sua opinião, quanto ao agora extinto feriado comemorativo da Restauração da Independência de Portugal: "... uma atitude anti-patriótica, a qual vivamente repudio."
Este defunto feriado nacional, representa, como todos sabemos, a reconquista da soberania e independência de Portugal face a terceiros - Espanha.
Desde 17 de Maio de 2011, quando o Estado português assinou um documento de 35 páginas, denominado "MEMORANDO DE ENTENDIMENTO SOBRE AS CONDICIONALIDADES DE POLÍTICA ECONÓMICA", que voltamos a perder a independência e soberania nacional (penso que agora ninguém entende esta afirmação como demagógica!). Uma das grandes diferenças entre o período compreendido de 1580 a 1640 e de 17/05/2011 para a frente, é que atualmente desconhecemos de quem dependemos.
Dizem-nos que existem compromissos assumidos com a Troika (FMI, BCE e CE), que devem ser obrigatoriamente cumpridos. Certo! Os compromissos são para se cumprirem. Mas ... de quem depende o FMI, o BCE e a CE?
Sobre este tema, sugiro vivamente (para não afirmar: é imperativo e urgente!) a leitura de um livro, da década de 70 do século passado, intitulado "AJUDA OU RECOLONIZAÇÃO", de Tibor Mende. Adianto desde já, que o referido livro, está atualizadíssimo! Encaixa por medida a todos os países que recorreram à "ajuda" económica externa.
Exº Senhor:
ResponderEliminarMuito obrigado pelo seu excelente comentário.
Procurarei em alfarrabistas, o livro que me recomenda.
Os meus melhores cumprimentos.
Mais uma vez, parabéns por mais este excelente artigo, com o qual este inteiramente de acordo com o Prof. Hernâni Matos.
ResponderEliminarTerezinha:
EliminarObrigado pelo seu comentário
Um abraço..
Bom dia Hernâni,
ResponderEliminarNunca esperei viver tanto que pudesse algum politico apagar do mapa de feriados portugueses, um com tanto significado como este.
Este representa toda a energia, capacidade de luta de um povo que mesmo após 60 anos de domínio dos Filipes, teve força para dizer basta, e correr com os traidores Migueis de Vasconcelos e Duquesas de Mântua para bem longe daqui! Onde está o ADN deste povo que não consegue fazer o mesmo aos que o reduzem a nada neste momento a pedido de interesses estrangeiros? Portugueses levantai-vos porque está em questão o futuro de todos nós!
A " igualdade da UE" não interessa aos portugueses! Nós só existimos para beneficio deles!
Para o ano que vem temos de festejar o Feriado como se impõe!
Abraço
Abilio
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
ESQUEMA DE VIGARICE
ResponderEliminarAqui têm a prova do esquema de vigarice lançado pelos governantes portugueses e a Troika formada pela UE, BCE e FMI para roubar o povo português, aumentar os impostos e liquidar os serviços públicos:
A dívida pública (em milhões de euros);
2011 - 174.895
2012 - 196.146
2013 - 207.624
Juros especulativos pagos pelos contribuintes portugueses (em milhões de euros);
2011 - 6.881
2012 - 7.523
2013 - 7.276
Total = 21.680
Juros que se pagariam à taxa de 0,75% cobrada pelo BCE aos bancos (em milhões de euros);
2011 - 1.312
2012 - 1.471
2013 - 1.557
Total = 4.340
(Fonte: Relatório do Orçamento do Estado 2013)
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
PRODUZIR UM RICO!
ResponderEliminarEu pergunto aos economistas, aos políticos, aos moralistas, se já calcularam o numero de indivíduos que é forçoso condenara à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, á ignorância, à desgraça invencível, á penúria absoluta, para produzir um rico! Almeida Garrett!
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
NINGUÉM TIROU O CURSO NA UNIVERSIDADE PÚBLICA ?
ResponderEliminarEis algumas das Universidades Privadas mais representativas :
- Universidade Moderna - Encerrada pelas Autoridades por ser Centro de
Crime Organizado.
- Universidade Independente - Encerrada pelas Autoridades por ser
Centro de Crime Organizado.
- Universidade Internacional - Encerrada pelas Autoridades por ser
Centro de Crime Organizado.
- Universidade Lusófona - Os processos de equivalência provam que há
licenciaturas fraudulentas.
- Universidade Livre que (passou a Universidade Lusíada) - Nada leva a
crer que seja melhor que as outras.
MINISTROS:
1 - MINISTRA DA JUSTIÇA – Paula Teixeira da Cruz – Licenciada pela
Universidade Livre.
2 - PRIMEIRO MINISTRO – Pedro Passos Coelho – Licenciado pela
Universidade Lusíada (ex-Livre)
3 - MINISTRO DA SEGURANÇA SOCIAL – Pedro Mota Soares – Licenciado pela
Universidade Internacional.
4 - MINISTRO DE ADJUNTO – Miguel Relvas – Licenciado ??? pela
Universidade Lusófona.
5 - MINISTRO DAS FINANÇAS – Vitor Gaspar – Licenciado pela
Universidade Católica.
6 - MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS – Paulo Portas – Licenciado
pela Universidade Católica.SECRETÁRIOS DE ESTADO
1 - Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças - Maria Luís
Albuquerque – Universidade Lusiada.
2 - Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais - Paulo Núncio –
Licenciado pela Universidade Católica.
3 - Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus - Miguel
Morais Leitão – Licenciado pela Universidade Católica.
4 - Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional - Paulo Braga
Lino – Universidade Portucalense.
5 - Secretário de Estado da Administração Interna - Filipe Lobo
D'ávila – Universidade Católica.
6 - Secretário de Estado Adjunto do Ministro-Adjunto e dos Assuntos
Parlamentares - Feliciano Barreiras Duarte – Universidade Lusófona.
7 - Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar - João
Casanova de Almeida – Universidade Lusófona.
8 - Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas - José Cesário –
Universidade Lusófona.
9 - Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social -
Marco António Costa – Universidade Católica.
10 - Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território -
Pedro Afonso de Paulo – Não diz.
11 - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros -
Luís Marques Guedes – Não diz.
12 - Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento
Regional – Não tem curso.
13 - Secretário de Estado da Energia - Artur Trindade – Não se sabe.
E esta ? Quem diria!
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
Cavaco Silva deu Aval à Espiral Recessiva a que ele próprio quer pôr cobro???
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=_mKqkkH7QH8
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
CASO BPN: O QUE ESCONDE CAVACO?
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=PU7Aajs3sTQ
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
CORRUPÇÃO-MELHOR PROFISSÃO EM PORTUGAL: POLITICOS,
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=ISkRlzWe-Sg
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
A PROVA QUE A MAÇONARIA CONTROLAM OS PARTIDOS PORTUGUESES
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=L0Ezl9sv-M4
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
NÃO VOTEM PS, PSD, CDS... PENSEM!! JÁ BASTA. PORTUGAL NÃO AGUENTA MAIS
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=_GZdAmRzE2s
Abílio:
EliminarObrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
A mediatização da acultura global leva-me a crer que a globalização pode estar errada. Se hà alguns anos a esta parte defendi-a como algo que poderia resolver os problemas das populações, agora vejo-a como algo que tenta cumprir um plano. A erradicação dos feriados, nomeadamente dos Republicanos, deixa antever uma forma lógica de funcionamento global, onde cada feriado é uma pedra na engrenagem, dos ditos "mercados". A perda de identidade que cada uma destas propostas representa não tem paralelo na história, não pela erradicação do feriado, mas porque tenta fazer esquecer a nossa história republicana, e isso, não deveriamos consentir. António Costa, em lisboa, não o esqueceu, da história também fazem parte homens, a prová-lo está cá o seu blogue.
ResponderEliminarAbraço
Sérgio:
EliminarAssim é.
Obrigado pelo seu comentário.
Um abraço.
Isto não é um blog mas um livro de História. Muita saúde!
ResponderEliminarMuito obrigado pelo seu comentário.
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