O Amor é cego. Jorge da Conceição (1963 - ).
“O amor é cego” é uma das peças mais estimadas da barrística popular estremocense, que está na origem do título do presente texto, visando o dia 14 de Fevereiro, Dia de São Valentim ou Dia dos Namorados, no qual os amantes celebram o amor, a paixão e a partilha de sentimentos entre si.
Com este texto, continuo a associar provérbios da nossa tradição oral, a exemplares da barrística popular estremocense.
“O amor é cego” é um provérbio que traduz a cegueira do amor (falta de objectividade), relativamente à qual conheço provérbios, alguns dos quais admitem variantes, que considero desnecessário assinalar aqui:
- “A amizade deve ser vidente e o amor, cego.“
- “O amor é cego e a Justiça também.“
- “O amor é cego, a amizade fecha os olhos.“
- “O amor é cego, mas vê muito longe.“
- “O amor é cego. “
- “O amor não enxerga as cores das pessoas.“
- “O amor vem da cegueira, a amizade, do conhecimento.“
- “Quem anda cego de amores não vê senão flores.“
- “Quem o feio ama, bonito lhe parece.“
- “O amor é cego e a Justiça também.“
- “O amor é cego, a amizade fecha os olhos.“
- “O amor é cego, mas vê muito longe.“
- “O amor é cego. “
- “O amor não enxerga as cores das pessoas.“
- “O amor vem da cegueira, a amizade, do conhecimento.“
- “Quem anda cego de amores não vê senão flores.“
- “Quem o feio ama, bonito lhe parece.“
Porque estou empenhado na recuperação da nossa literatura de tradição oral e na promoção da barrística popular estremocense, penso que este texto é adequado ao dia de S. Valentim, já que, assumidamente, também acredito no amor.
Publicado inicialmente a 14 de Fevereiro de 2011
Ora, muito obrigada, amigo Hernâni!
ResponderEliminarQue o amor é cego, já sabia: quer por conhecer o ditado, quer por experiência de vida!
Contudo, não conhecia essa linda peça da barrística popular de Estremoz. É mesmo linda !
Parabéns por mais este trabalho de divulgação !
Linda peça da barrística estremocense. Nada melhor que lembrá-la neste dia do mártire São Valentim.O Amor é Cego; cego e demandador nos maiores perigos. Como cantaria Orfeu em busca de Eurídice: " Com a minha canção/ Encantarei a filha de Deméter,/ Encantarei o Senhor dos Mortos,/ Comoverei os seus corações com a minha melodia./ Arrancá-la-ei a Hades".
ResponderEliminarOlá Hernäni ...
ResponderEliminarGostei de o teu Blogger e gostava tambem de partilhar com voce as imagens de minha carissima Aldeia Lusitana no Norte do Minho.
Envio vos um forte e quentino abraço da outra beira do mar na Cidade de Buenos Aires na República Argentina.
Feliz Dia dos Namorados!!!
* Eu AMO PORTUGAL
* http://fontouraforexport.blogspot.com
mais do que ser CEGO
ResponderEliminaro AMOR cega
lindo sim
ResponderEliminarA olaria é uma forma milenar de moldar o barro. A olaria alentejana é uma das mais ricas do mundo, como igualmente ricos são os seus aspectos etnográficos (preparação do barro, fabrico, cozedura no forno, venda e utilização das peças de olaria).
Das mãos das mulheres mesmo calejadas, tecem as mais eruditas tapeçarias em lã com design de finais do século XVIII, de estilo neoclássico, que fazem furor com a sua presença, nos mais belos salões da Europa.
O amor é cego porque é o coração que escolhe. E como tal está escondido na caixa toráxica. Já o cerebro que sabe tudo através dos olhos, manda mensagens ao coracão, mas cego e por vezes surdo ignora tudo e vive sonhando, até que acorda e depara com o pesadelo. A Olaria Alentejana é linda dá para ver bem através do livro que o professôr editou. Gostei muito. Obrigada
ResponderEliminarRosa Casquinha
Hernani, ainda a semana passada falamos sobre esta peça (que comprei ao nosso amigo Lúis Mariana), que aliás é belíssima, mas o que eu gostaria mesmo de saber é a sua origem histórica. Se tiver qualquer novidade nesse campo por favor diga.
ResponderEliminarObrigada
Cândida:
EliminarVou-lhe responder em mensagem separada.