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sábado, 20 de março de 2010

Um mês de vida



Contrariamente ao que o seu nome possa levar a supor, DO TEMPO DA OUTRA SENHORA, não é um blog com barbas. Na verdade e pelo contrário, é um neófito entre os blogs, uma vez que completou agora um mês de vida, para gáudio de todos aqueles que nele se revêem.
Os dados relativos à edição e leitura de posts, estão sintetizados no quadro seguinte:


Os posts editados distribuem-se por cinco temas, pelo que tendo em conta que os posts podem abordar mais do que um tema, a distribuição dos posts por temas, está sistematizada no seguinte quadro:


Neste momento está a decorrer uma sondagem entre os leitores do blog, que visa saber quais os posts e os temas preferidos.
Como franco-atirador da escrita, o autor deste blog já deixou inúmeras marcas por aí, uma vez que já dispara na imprensa regionalista desde os anos 60 do século passado, na imprensa especializada desde os anos 80, na web desde Julho de 2002 e na blogosfera desde Junho de 2009.
Os temas abordados neste blog correspondem aos seus principais interesses, os quais são todavia mais vastos. São porém aqueles que, a seu ver, reúnem estrategicamente mais potencial para estabelecer pontes de união entre as pessoas, umas de esquerda, outras de direita, outras do centro, outras nem tanto. Umas republicanas, outras monárquicas, para não falar já dos republicanos com simpatias monárquicas e de monárquicos com simpatias republicanas. Uns mais altos e outros mais baixos. Uns mais gordos e outros mais magros. Porém, na sua esmagadora maioria, cidadãos de corpo inteiro, cuja Pátria é a Língua Portuguesa, os quais de uma forma ou de outra, se revêem na revisitação de memórias dos tempos idos, nos traços da identidade cultural alentejana e no espírito positivo com que se tem de enfrentar a adversidade e a crise, o que só pode ser feito com determinação e tenacidade, mas sobretudo com muito, mas muito humor, humor às carradas, com base em factos da vida real, que são “do tempo da outra Senhora”.
È para aqueles que se revêem na Alma Alentejana que o autor deste blog escreve com prazer e paixão, temperados pelo sentido da responsabilidade. Esta passa pela consciência de que a Alma Alentejana foi cromaticamente fixada na tela por um Silva Porto, um D. Carlos de Bragança ou um Dordio Gomes. Perpetuada na prosa por um Fialho de Almeida, um Manuel Ribeiro ou um Antunes da Silva, bem como registada poeticamente por um Conde de Monsaraz, uma Florbela Espanca ou um Manuel da Fonseca. São exemplos de alto gabarito, que nos obrigam a curvar e a tirar o chapéu, como sempre fez o camponês alentejano, em sinal de respeito. Daí que seja grande a responsabilidade do autor deste blog. Todavia ele espera não desiludir os seus leitores, pois decerto é isso que eles esperam de si. Para eles um abraço do tamanho da heróica planície alentejana.


6 comentários:

  1. Meu caro professor, parabéns pela sua tenacidade em defender uma cultura que é nossa.
    A sua prosa ( é esquisita esta sensação) "cheira-me" a poesia, dá gosto lê-la, embriaga-nos de tanta coisa boa. Mas como as coisas boas nunca são, nem podem ser, em excesso, continue. Tenho a certeza que quando fizer a contabilização do próximo mês de vida do seu blogue, os números não serão a duplicar como a idade do dito, mas certamente a, pelo menos, triplicar.
    É de homens assim como o meu amigo Hernâni ( não exagerei em tratá-lo por amigo,pois não),é de homens assim, dizia, que o nosso ALENTEJO necessita.
    Parabéns escriba!
    Fernando Máximo/Avis

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  2. Tiros à parte, o mais importante é acertar na escrita, como é seu costume. Parabéns! Aguardo os próximos posts.

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  3. Como sabe, sou um apaixonado pela vida e pelas coisas de que gosto e do modo como gosto. Por outras palavras, sou um alquimista de emoções que explodem sob a forma de palavras não sinalizadas, disparadas por quem se recusa a render.
    Se fosse Primeiro-Ministro decretaria que o sonho tem que comandar a vida. Mas não sou Primeiro-Ministro. Sou um franco-atirador, impetuoso e arrebatado, que nunca se renderá, nem tão pouco à morte.
    A luta está-me na massa do sangue e como enveredei por aí, a minha pontaria tem que ser certeira.
    Porém, há momentos de tréguas. É o que faz agora o Pergaminho para agradecer à Caneta, com um grande beijinho, os votos formulados.

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  4. Do Facebook, transcrevo um extraordinário poema que me foi dedicado por umk amigo, aquem muito agradeço:

    ANTÓNIO ARLINDO

    Do Tempo da Outra Senhora (Para o Prof. Hernâni)


    Do tempo da outra senhora
    É uma parte de nós
    E dos sonhos que trouxemos
    Na idade feliz das coisas
    Quando carregamos a manta e o sino
    Que anunciava tempos novos.
    E agora acendemos a vela
    Do tempo que festeja
    A luz virtual que tudo ilumina
    Nas palavras e imagens
    Da tralha utilitária
    Que ganhava o pão
    Adoçava o suor
    Ou dava cor e sabor á vida.
    E se hoje damos graça ao pó
    Na névoa filtrada da saudade
    É porque a memória situa o querer
    E a seiva renova nas raizes
    Que nos prendem aqui
    E nos hão-de alinhavar futuros
    Que muitos sentem
    E ainda poucos acreditam.

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  5. Agora percebi melhor que o amigo Hernâni Matos é
    alguém que se não acomoda a olhar para as coisas e depois esquecê-las. O meu amigo é um curioso atento do nosso quotidiano, que o acompanha e que dele se interessa. Quem dera que houvesse muitos homens assim. Se os houvesse a vida ser-nos-ia mais alegre e mais interessante. Não haveria tanta coisa esquecido, abandonada e desprezada

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  6. Sempre que chego a este blog aprendo coisas novas, embora eu própria já seja"Do tempo da outra Senhora"

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