sexta-feira, 19 de julho de 2019

Poesia Portuguesa - 093


José Régio. Lauro Corado (1908-1977).


TOADA DE PORTALEGRE
JOSÉ RÉGIO (1901-1969)

Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Morei numa casa velha,
velha grande tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu Morar nela...

Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- Quis-lhe bem como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como ao do meu aconchego.

Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De montes e de oliveiras
Do vento suão queimada
(Lá vem o vento suão!,
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão...)
Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem fôr,
Na tal casa tosca e bela
À qual quis como se fora
Feita para eu morar nela,
Tinha, então,
Por única diversão,
Uma pequena varanda
Diante de uma janela

Toda aberta ao sol que abrasa,
Ao frio que tolhe, gela
E ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda
Derredor da minha casa,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos oliveiras e sobreiros
Era uma bela varanda,
Naquela bela janela!

Serras deitadas nas nuvens,
Vagas e azuis da distância,
Azuis, cinzentas, lilases,
Já roxas quando mais perto,
Campos verdes e Amarelos,
Salpicados de Oliveiras,
E que o frio, ao vir, despia,
Rasava, unia
Num mesmo ar de deserto
Ou de longínquas geleiras,
Céus que lá em cima, estrelados,
Boiando em lua, ou fechados
Nos seus turbilhões de trevas,
Pareciam engolir-me
Quando, fitando-os suspenso
Daquele silêncio imenso,
Eu sentia o chão a fugir-me,
- Se abriam diante dela
Daquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Na casa em que morei, velha,
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casas que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
À qual quis como se fora
Tão feita ao gosto de outrora
Como ao do meu aconchego...

Ora agora,
Que havia o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Que havia o vento suão
De se lembrar de fazer?

Em Portalegre, dizia,
Cidade onde então sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Que havia o vento suão
De fazer,
Senão trazer
Àquela
Minha
Varanda
Daquela
Minha
Janela,
O testemunho maior
De que Deus
É protector
Dos seus
Que mais faz sofrer?

Lá num craveiro, que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Poisou qualquer sementinha
Que o vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Achara no ar perdida,
Errando entre terra e céus...,
E, louvado seja Deus!,
Eis que uma folha miudinha
Rompeu, cresceu, recortada,
Furando a cepa cansada
Que dava cravos sem vida
Naquela
Bela
Varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tosca e bela
Á qual quis como se fora
Feita para eu morar nela...

Como é que o vento suão
Que enche o sono de pavores,
Faz febre, esfarela os ossos,
Dói nos peitos sufocados,
E atira aos desesperados
A corda com que se enforcam
Na trave de algum desvão,
Me trouxe a mim que, dizia,
Em Portalegre sofria
Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for,
Me trouxe a mim essa esmola,
Esse pedido de paz
Dum Deus que fere ... e consola
Com o próprio mal que faz?

Coisas que terei pudor
De contar seja a quem for
Me davam então tal vida
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros,
Me davam então tal vida

- Não vivida! sim morrida
No tédio e no desespero,
No espanto e na solidão,
Que a corda dos derradeiros
Desejos dos desgraçados
Por noites do vento suão
Já varias vezes tentara
Meus dedos verdes suados...

Senão quando o amor de Deus
Ao vento que anda, desanda,
E sarabanda, e ciranda,
Confia uma sementinha
Perdida entre terra e céus,
E o vento a trás à varanda
Daquela
Minha
Janela
Da tal casa tosca e bela
À qual quis como se fôra
Feita para eu morar nela!

Lá no craveiro que eu tinha,
Onde uma cepa cansada
Mal dava cravos sem vida,
Nasceu essa acàciazinha
Que depois foi transplantada
E cresceu; dom do meu Deus!,
Aos pés lá da estranha casa
Do largo do cemitério,
Frente aos ciprestes que em frente
Mostram os céus,
Como dedos apontados
De gigantes enterrados...
Quem desespera dos homens,
Se a alma lhe não secou,
A tudo transfere a esperança
Que a humanidade frustrou:
E é capaz de amar as plantas,
De esperar nos animais,
De humanizar coisas brutas,
E ter criancices tais,
Tais e tantas!
Que será bom ter pudor
De as contar seja a quem for!

O amor, a amizade, e quantos
Sonhos de cristal sonhara,
Bens deste mundo! que o mundo
Me levara,
De tal maneira me tinham,
Ao fugir-me, Deixando só, nulo, atónito, A mim que tanto esperara
Ser fiel,
E forte,
E firme,
Que não era mais que morte
A vida que então vivia,
Auto-cadáver...

E era então que sucedia
Que em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros
Aos pés lá da casa velha
Cheia dos maus e bons cheiros
Das casa que têm história,
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória
De antigas gentes e traças,
Cheia de sol nas vidraças
E de escuro nos recantos,
Cheia de medo e sossego,
De silêncios e de espantos,
- A minha acácia crescia.

Vento suão! obrigado...
Pela doce companhia
Que em teu hálito empestado
Sem eu sonhar, me chegava!

E a cada raminho novo
Que a tenra acácia deitava,
Será loucura!..., mas era
Uma alegria
Na longa e negra apatia
Daquela miséria extrema
Em que eu vivia,
E vivera,
Como se fizera um poema,
Ou se um filho me nascera.

JOSÉ RÉGIO (1901-1969)
Hernâni Matos


Praça do Príncipe Real. Lauro Corado (1908-1977). Câmara Municipal de Portalegre.

terça-feira, 16 de julho de 2019

Bonecos de Estremoz: Ganchos de meia


Fig. 1 - Nossa Senhora.
Liberdade da Conceição (1983).
LER AINDA

Os “ganchos de meia” são Bonecos de Estremoz [1] minúsculos, que as mulheres das nossas famílias usavam quando faziam croché ou tricotavam peças de vestuário, de lã ou algodão, como era o caso das chamadas “meias de cinco agulhas”. Trata-se de figuras antropomórficas, nas quais a cabeça apresenta cabelo, olhos, boca e rosetas pintadas e o nariz é uma pequena saliência. Em todas elas figuram dois ganchos de arame no tronco. Um à frente, virado para cima, para nele passar o fio, que do novelo pode ser redireccionado para as agulhas.
O outro nas costas, virado para baixo, para pregar na blusa ou no vestido da mulher, na parte superior do peito, geralmente do lado esquerdo. Devido às suas pequenas dimensões nunca apresentam marcas de autor. São todos figuras antropomórficas: Nossa Senhora (Fig. 1), Freira (Fig. 2), Putto [2] (Fig. 3), Bispo (Fig. 4), Padre (Fig. 5), Sacristão (Fig. 6), Senhora de pezinhos (Fig. 7), Peralta (Fig. 8), Sargento (Fig. 9) e Palhaço (Fig. 10).
“Com cinco agulhas se fazia o tricô circular usado na manufactura de meias. Estas, eram lisas ou lavradas com motivos diversos, monocromáticas ou multicolores, decoradas com barras ou motivos florais ou geométricos.
Sempre houve quem manuseasse com mestria as cinco agulhas, com a mesma rapidez e precisão com que as mãos de um virtuoso percorrem o teclado do piano. Mãos que falavam e davam resposta às necessidades caseiras, mas que também manufacturavam para vender, pois era necessário engrossar o magro orçamento familiar.
Havia quem começasse as meias de cima para baixo, em direcção à calcanheira e à biqueira, mas também havia quem as começasse exactamente em sentido contrário. Quando as meias se gastavam pelo uso, geralmente na calcanheira ou na biqueira, eram reparadas, recorrendo novamente às cinco agulhas. A vida não dava para extravagâncias e poucos se podiam dar ao luxo de desperdícios inúteis. Apesar disso, o aparecimento no comércio de meias baratas, de fabrico industrial, e a pressão da vida moderna conduziram ao decaimento em desuso da manufactura artesanal das meias de cinco agulhas.
Na região onde me insiro, Estremoz, a manufactura das meias de cinco agulhas era uma prática corrente nas suas treze freguesias (Fig. 11). Bem próximo de nós, eram famosas as meias confeccionadas pelas mulheres da Aldeia da Serra.” (Fig. 12) (3).
Actualmente, a reacção ao consumo desenfreado suscitado pela sociedade capitalista, tem levado mulheres, especialmente jovens, a um “regresso às origens”, fazendo meias para si e para as suas crianças. São estilos de vida alternativos e salutares, que se saúdam. É o retomar de práticas que retiram das vitrinas e das gavetas, jóias da Arte Popular alentejana como são os ganchos de meia.

BIBLIOGRAFIA
(1) - CHAVES, Luís. Arte popular do Alentejo / Os ganchos de meia de barro d’Estremoz in Separata da Águia, nº67-68, Porto, 1917.
(2) - MATOS, Hernâni. Ganchos de meia e meias de cinco agulhas. [Em linha]. [Editado em 28 de Junho de 2011]. Disponível em https://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com/2011/06/ganchos-de-meia-e-meias-de-cinco.html. [Consultado em 10 de Dezembro de 2017].
(3) – REDONDO, Município de. Demonstração de artes e ofícios – Meias Serra D'Ossa em Redondo. [Em linha]. [Editado em 2 de Março de 2016]. Disponível em http://www.cm-redondo.pt/pt/site-acontece/Noticias/Paginas/Demonstra%C3%A7%C3%A3o-de-artes-e-oficios-%E2%80%93-Meias-Serra-D-Ossa-em-Redondo0302-4428.aspx [Consultado em 15 de Julho de 2019].




[1] Também existem exemplares de arte pastoril alentejana, confeccionados em madeira ou osso, com forma geométrica e decoração diversificada, que desempenham a função de ganchos de meia. Todos estes ganchos têm um sulco ou um buraco, por onde passava o fio, que do novelo era redireccionado para as agulhas. Através dum alfinete-de-ama ou cozidos com linha, eram fixados ao vestuário da mulher, na parte superior do peito, geralmente do lado esquerdo.
[2] Putto (do latim putus ou do italiano puttusmenino), com plural "putti", é um termo que no âmbito das artes se refere a representações de um menino nu, geralmente gordinho e frequentemente alado. Derivado da figura do Cupido jovem, simboliza o amor e a pureza. Na barrística de Estremoz a figura foi criada primitivamente para ornamentar os berços do Menino Jesus, mas acabou por autonomizar-se sob a forma de gancho de meia.

Fig. 2 - Freira.
Liberdade da Conceição (1983).

Fig. 3 – Putto. 
Liberdade da Conceição (c. 1980).
Colecção Jorge da Conceição.

Fig. 4 - Bispo. 
Irmãs Flores (2018).

Fig. 5 - Padre.
Irmãs Flores (2018).

Fig. 6 - Sacristão.
Irmãs Flores (2018).

Fig. 7 - Senhora de pezinhos.
Liberdade da Conceição (1983),

Fig. 8 - Peralta.
Liberdade da Conceição (1983).

Fig. 9 - Sargento.
Liberdade da Conceição (1983).

Fig. 10 - Palhaço.
Irmãs Flores (2018).

Fig. 11 - Meias de cinco agulhas, em fio
de algodão (Anos 50 do séc. XX).
Dimensões – Cano: 34 cm; Pé: 21 cm.
Manufacturadas pela minha mãe,
integravam o meu traje de campino,
com o qual me mascarei na minha
infância, em dois Carnavais sucessivos.
Colecção do autor.

Fig. 12 – Meias da Serra d’ Ossa (3).

domingo, 14 de julho de 2019

Jorge da Conceição: Bonecos de Estremoz


Jorge da Conceição (1963- ). Fotografia de 2014.

CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS
Jorge da Conceição 

Nasceu a 24 de Outubro de 1963 na Rua Brito Capelo, nº 33, freguesia de Santo André, em Estremoz. Filho legítimo de Octávio Varela Dias Palmela, comerciante, e de Maria Luísa Banha da Conceição Palmela, doméstica, que se viria a tornar barrista. É, pois, filho da barrista Maria Luísa da Conceição (1934-2015), neto dos barristas Mariano da Conceição (1903-1959) e Liberdade da Conceição (1913-1990) e sobrinho de Sabina da Conceição Santos (1921-2005), irmã de Mariano (3). Filho e neto de peixes sabe nadar, pelo que Jorge da Conceição estava condenado a ser barrista, tomando contacto com o barro desde criança e criando apetência pela manufactura de Bonecos como via fazer à avó e à mãe. Foi assim que aprendeu as técnicas e a arte de modelar o barro, manufacturando Bonecos enquanto estudava, até à idade de 21 anos. Na juventude, participou em várias exposições colectivas em Portugal e vendeu peças a coleccionadores particulares e ao Museu Municipal de Estremoz.
Frequentou a Escola Secundária de Estremoz desde 1975, tendo concluído em 1981 o 12º ano de Escolaridade do 1º Curso – Via ensino, com a média de 19,3 valores (4). Ingressou então no Instituto Superior Técnico onde se viria a licenciar em Engenharia Electrónica e de Computadores – Variante de Electrónica e Telecomunicações. Terminada esta, iniciou uma carreira profissional na área de consultoria que durou 25 anos e o manteve afastado da modelação do barro. Porém, a chamada do barro, que transporta na massa do sangue, levou-o em 2013 a dedicar-se exclusivamente à barrística. Tem ateliê em Estremoz na Rua Brito Capelo nº35, bem como no Largo do Andaluz nº 2, em Lisboa.
Tive o privilégio de ser Professor de Física de 12º ano de Jorge da Conceição e desde essa época que o vejo como um perfeccionista que procura dar o melhor de si próprio em tudo aquilo que faz, o que se reflecte não só na concepção como nos acabamentos das figuras que modela. Bem ilustrativo do seu pensamento e da sua prática barrística é o depoimento concedido ao jornal E de Estremoz, nº117, de 4 de Dezembro de 2014 (1). Referindo-se aos Bonecos de Estremoz, Jorge da Conceição considera que: “As peças são todas elas diferentes porque têm a ver com o estilo artístico de cada um. Uns têm mais habilidade que outros, uns arriscam mais e outros são mais tradicionais e mais comerciais e tentam repetir
as peças que fizeram. Existe a barrística naquilo que é a sua forma de fazer e nos materiais usados e existe o resultado final que é aquilo que cada artesão põe de si”. Lançou ainda o desafio de “entender o que é o Boneco de Estremoz”, acrescentando: “Existe muita tendência de pensar que o boneco de Estremoz é um conjunto de figuras dos anos quarenta que sistematizaram e que a partir daí foram feitas réplicas de uma forma inesgotável. Hoje em dia há muito mais figuras, mas às vezes, quando se fazem figuras um bocadinho diferentes, as pessoas dizem que já não é boneco de Estremoz porque já não é o pastor nem a ceifeira”. Concluiu, dizendo que “não se pode rejeitar estas figuras só porque não têm essas formas mais naif de fazer os Bonecos de Estremoz. Nós estamos no século XXI, o boneco está vivo, vai evoluindo e evolui com aquilo que cada artista acrescenta”. Estou inteiramente de acordo com ele. Sem se afastar da produção ao modo de Estremoz, o perfeccionismo de Jorge da Conceição e a que ele tem direito como marca das sua identidade, implica uma confecção mais complexa e morosa do que os espécimens doutros barristas. Para além disso, e já não é pouco, corresponde, em termos de imaginário do seu criador, a uma ruptura com aquilo que vinha sendo feito, elevando assim a nossa barrística a um novo patamar. É caso para dizer que com este barrista ocorrem frequentemente mudanças de paradigma,
que apraz registar e valorizar.
Não será despropositado recorrer aqui ao sociólogo Álvaro Borralho, que, no artigo “Bonecos de Estremoz: não há identidades puras”, publicado no Jornal E nº 199, de 3 de Maio de 2018 (2), conclui a determinado passo: “E os Bonecos de Estremoz não escapam a esta lógica: não há uma identidade dos bonecos, há identidades (no plural), quer dizer, tendências diversas, várias visões, concepções e estratégias para as quais concorrem diversos agentes que não só os barristas”.
Jorge da Conceição participou até ao presente nas seguintes exposições e eventos: - Julho de 1983 - 1ª Feira de Arte Popular e Artesanato Artesanato do Concelho de Estremoz; - Dezembro 2013 - VII Exposição de Presépios de Artesãos do Concelho de – Estremoz; - Janeiro 2014 - Exposição de Barrística de Jorge da Conceição (Estremoz); - Junho 2014 - FIA 2014 (Lisboa); Julho 2014 - 1º Prémio do Concurso de Artesanato
Tradicional - FIA 2014 (Lisboa) com a peça “Fado”; - Julho 2014 - Exposição temática sobre a Rainha Santa Isabel (Estremoz); - Novembro 2014 - VIII Exposição de Presépios de Artesãos do Concelho de Estremoz; - Junho 2015 – FIA 2015 (Lisboa); Julho de 2015 - Exposição “Os Artesãos de Estremoz e o Apóstolo Santiago” (Estremoz); - Dezembro 2015 - IX Exposição de Presépios de Artesãos do Concelho de Estremoz; - Abril de 2016 - Exposição “500 Anos da Beatificação da Rainha Santa Isabel” (Estremoz); - Junho 2016 - FIA 2016 (Lisboa); - Junho 2016 - Menção Honrosa - FIA 2016 (Lisboa) com a peça “Presépio - Adoração dos Reis Magos”; - Julho 2016 - RAÍZES - Jorge da Conceição (Fátima); - Novembro 2016 - X Exposição de Presépios de Artesãos do Concelho de Estremoz; - Dezembro 2016 - A Arte dos Presépios (Montijo); Março 2017 - Figurado de Estremoz por Jorge da Conceição (Museu de Arte Sacra da Covilhã); - Novembro de 2017- XI Exposição de Presépios de Artesãos de Estremoz (Estremoz); - Abril de 2018 - Exposição “Figurado de Estremoz” (Estremoz); - Maio de 2018 - Exposição “Figurado de Estremoz de Jorge da Conceição” - Museu de Ovar (Ovar); - Junho de 2018 - FIA 2018 (Lisboa).

BIBLIOGRAFIA
1 - Bonecos de Estremoz / Proposta nas mãos da “Cultura” in jornal E, nº117, 04/12/2014. Estremoz, 2014 (pág. 5).
2 - BORRALHO, Álvaro. Bonecos de Estremoz: não há identidades puras in Jornal E nº 199, 03/05/2018. Estremoz, 2018 (pág. 15).
3 - Jorge Manuel da Conceição Palmela – Assento de Nascimento Informatizado nº 5493 de 2008, da Conservatória do Registo Civil de Estremoz.
4 - Jorge Manuel da Conceição Palmela – Processo Individual de aluno nº 4280, no Arquivo da Escola Industrial António Augusto Gonçalves e sucessoras.


 Presépio de trono ou altar. Jorge da Conceição.

  Nossa Senhora do Ó. Jorge da Conceição.

  Santo António. Jorge da Conceição.

  Rainha Santa Isabel. Jorge da Conceição.

Senhor dos Passos. Jorge da Conceição.

 Primavera de arco. Jorge da Conceição.

 Bailadeira. Jorge da Conceição.

 Amor é cego. Jorge da Conceição.

Vitória de Estremoz. Jorge da Conceição.
  
 Pastor de tarro e manta. Jorge da Conceição.

Ceifeiro. Jorge da Conceição.
  
Aguadeiro. Jorge da Conceição.
  
 Leiteiro. Jorge da Conceição.

 Mulher das castanhas. Jorge da Conceição.

Barrista a modelar Bonecos de Estremoz. Jorge da Conceição. Figura modelada
em homenagem ao avô Mariano da Conceição (1903-1959), que nos anos 30 do
séc. XX e na peugada de Ana das Peles [Ana Rita da Silva (1870-1945)], ficou
indissociavelmente ligado à  recuperação dos Bonecos de Estremoz na Escola
Industrial António Augusto Gonçalves, graças à iniciativa do seu director, José
Maria de Sá Lemos (1892-1971). Trabalho inspirado em fotografia de Rogério de
Carvalho (1915-1988), datada dos anos 40 do séc. XX.

Barrista a pintar Bonecos de Estremoz. Jorge da Conceição. Figura confeccionada em
homenagem à avó Liberdade da Conceição (1913-1990), barrista que participou na
Exposição do Mundo Português, em 1940. Trabalho inspirado em imagens do filme
“A Grande Exposição do Mundo Português (1940)”, de António Lopes Ribeiro. 

 Mulher a lavar a roupa. Jorge da Conceição.

Mulher a passar a ferro. Jorge da Conceição.

 Senhora a servir o chá. Jorge da Conceição.

 Senhora ao toucador. Jorge da Conceição.

Galo no poleiro (apito). Jorge da Conceição.
  
Cesta de ovos (apito). Jorge da Conceição.

 Galinha no choco (apito). Jorge da Conceição.

Fado. Jorge da Conceição. Figura composta a que foi atribuído o 1º Prémio do
Concurso de Artesanato Tradicional na Feira Internacional de Lisboa (FIA), em 2014.