quinta-feira, 23 de novembro de 2023
Lúcia Cóias partiu. Fica a saudade.
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
CASA DO ALENTEJO, CULTURA, LIBERDADE E SOLIDARIEDADE - 100.º ANIVERSÁRIO
Integrado nas Comemorações do Centenário da Casa do Alentejo, terá lugar na sede desta casa regionalista, em Lisboa, no próximo dia 10 de Novembro (6.ª feira), a partir das 17 horas, a apresentação do livro Casa do Alentejo, Cultura, Liberdade e Solidariedade - 100.º aniversário. Digna-se presidir à sessão, Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A apresentação do livro estará a
cargo de Ana Paula Amendoeira (Directora Regional da Cultura do Alentejo) e
Santiago Macías (Director do Panteão Nacional).
Com coordenação de Rosa Calado e
Fernando Mão de Ferro, o presente livro é um contributo de cerca de 50
investigadores para um melhor conhecimento do Alentejo e da histórica
“Embaixada Cultural” em Lisboa. Fundada por alentejanos que procuravam, através
do convívio, práticas culturais e acções solidárias, minimizar as saudades do
seu território e das suas gentes. 100 anos depois, a Casa do Alentejo continua
aberta ao Mundo, com os mesmos propósitos e valores, e as mais variadas
manifestações sociais e culturais, inspiradas nos valores da Paz, da Justiça
Social e da Liberdade.
O livro, editado por Edições
Colibri e pela Casa do Alentejo, tem 490 páginas de formato 22,0 cm x 28,0 cm,
com impressão a cores em papel couché de 135 grs. O livro pode ser adquirido na
Casa do Alentejo, nas edições Colibri e em todas as livrarias que distribuem
obras daquela editora. O preço de venda ao público é de 40 €.
CASA DO ALENTEJO, CULTURA, LIBERDADE E SOLIDARIEDADE - 100.º ANIVERSÁRIO
Índice
terça-feira, 14 de junho de 2022
ABÍLIO MARÇAL, UM REPUBLICANO DAS BEIRAS – O Homem, o Político e a Obra
sábado, 21 de agosto de 2021
Hernâni Matos
Filomena Barata
Lisboa, 19 de Agosto de 2021
segunda-feira, 2 de agosto de 2021
O “Despertar para a poesia” de Francisco Ramos
terça-feira, 27 de julho de 2021
Hernâni Matos: do lado esquerdo, o centro
terça-feira, 22 de junho de 2021
Homenageando o Professor Hernâni Matos
HOMENAGEANDO O PROFESSOR HERNÂNI MATOS
Professor Hernâni Matos
Junta a teoria aos factos
Com muita desenvoltura;
P’lo muito que tem feito
Merece o nosso respeito
Por ser homem da cultura!
Dos vultos mais competentes
Em áreas tão diferentes
Numa muito longa lista:
É um insigne escritor
Etnógrafo, professor,
E Mestre filatelista
É expositor e jurado,
“Expert” do figurado
Essa arte, (que tão nobre,)
Património Imaterial
Deste nosso Portugal
Que tanto orgulho nos cobre!
É firme nas convicções
E em certas reflexões
Que por vezes o consomem...
É excelente escritor
Um “Franco-atirador”
Mas mais que tudo é um HOMEM!Quem o conhece de perto
Reconhece-lhe por certo
Virtudes que são verdades...
Admirá-lo é um direito
Prestando assim o seu preito
A quem só tem qualidades...
Professor, meu grande amigo,
Em boa hora lhe digo:
Pelo crer que a si se pôs,
Ganha, pois, o meu louvor
Por ser um grande SENHOR
Desta cidade Estremoz
domingo, 20 de junho de 2021
Pode alguém ser quem não é? / A propósito de Hernâni Matos
sexta-feira, 18 de junho de 2021
Naquela esquina um amigo
terça-feira, 15 de junho de 2021
Professor Hernâni: das Ciências à preservação da Cultura
A
recordação mais antiga que tenho do professor Hernâni Matos é das aulas de
Química, do 10.º ao 12.º ano. Homem de altura imponente e voz forte, um pouco
austero na primeira impressão, conseguia manter desde o início a ordem na sala
de aula e ganhava também o respeito dos alunos pela sua segurança no
conhecimento e no ensino das matérias. A convivência permitia também conhecer o
seu sentido de humor muito próprio. O programa de Química estava todo explicado
nos acetatos que projetava durante as aulas e que entregava para fotocopiar e
distribuir entre os alunos. Incentivava a prática de muitos exercícios, o que
era fundamental para a consolidação da aprendizagem.
Sempre
foi evidente o seu zelo pela organização e sistematização, fundamental para
viabilizar a disponibilidade de tempo para os seus muitos interesses para além
da ciência. Penso que a sua maior paixão na altura era a filatelia, mas muitos
interesses se foram juntando com um espírito persistente, minucioso, curioso,
irrequieto, ativista, resiliente, colecionador e empreendedor.
Quando
penso no professor Hernâni, não consigo deixar de pensar também na companheira
da sua vida, a professora Fátima, com o seu ar discreto e sereno. Diz-se que ao
lado de um grande homem, há sempre uma grande mulher. Será também aqui o caso
pelo seu cuidado com a família, persistência, resiliência, mostrando bonita
admiração pelos projetos do seu marido.
De
facto, o professor Hernâni tem feito um trabalho notável de recolha, reflexão,
promoção e preservação do património cultural português e, particularmente, da
cidade de Estremoz e da sua barrística. Fê-lo por diversos meios e iniciativas,
não ficando também de fora da revolução da internet com o seu blogue “Do tempo
da outra senhora” e página do Facebook. Enquanto filhos desta terra alentejana
e cidadãos portugueses, ficamos-lhe gratos por todo este trabalho e empenho.
Bem-haja, professor Hernâni.
Filipe Glória Silva
domingo, 9 de maio de 2021
EXTREMOZ VILLA – ESTREMOZ CIDADE
quinta-feira, 6 de maio de 2021
O Livro dos Dias Contados
O autor
António Júlio Andrade Rebelo é natural de Tomar, onde nasceu em 1959. É professor do Ensino Secundário há 36 anos e lecciona na Escola Secundária Rainha Santa Isabel em Estremoz desde 1984/85. Licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1981 e obteve o doutoramento em Filosofia pela Universidade de Évora em 2014.
Em Estremoz foi Director do CENFORSEGA – Centro de Formação Sebastião da Gama e Vereador do Pelouro aa Cultura da Câmara Municipal de Estremoz.
Tem participado em palestras e seminários na área de filosofia e cinema: Fundação Calouste Gulbenkian, Universidade de Lisboa, Universidade do Porto, Universidade da Beira Interior, Universidade de Valladolid e Universidade de Castilla La Mancha.
Publicou “A Maldade no Cinema de Ingmar Bergman” editado pela Colibri em 2015.
A obra
A obra estrutura- se em 26 capítulos: Criação do mundo - nascimento do silêncio, Lua – claridade e sombra, Silêncio e instante, Campo-mar, Três perguntas, Viagem, Visível e invisível. Finito e infinito, Outeiro dos condenados, Tempo e trindade, Corpo e carne, Esperança, Composição do olho, Mar com luz, Tempo, corpo e alma, Jogo de espelhos, Espelho e vidro, Canto dos pássaros, Acontece com a lua cheia, Modo de ser novo, Entardecer, Ressurreição e esperança, Névoa, Beleza, Venerável, Subúrbio e convento, Encerramento e abertura.
Da obra diz o prefaciador Luís Cabanejo. “Este livro não é uma ficção filosófica, embora contenha alguns dos seus principais ingredientes: uma narrativa – nem linear nem mundana – e um discurso reflexivo. Também não é um conjunto de fragmentos ensaísticos, ainda que nele se procure rondar ou sondar, de modo oblíquo ou frontal, ideias que têm ocupado a Filosofia e a Religião como o mal, o silêncio ou a natureza. Tão-pouco se pode classificar o texto como diarístico, apesar de comunicar impressões pessoalíssimas e relatar situações que se inscrevem na vida real e concreta do seu autor.”
A obra, constituída por um volume com capa mole, 20 cm x 14 cm, de 100 páginas, é edição é da Colibri e tem o preço de capa de 9 euros.
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Dois em um
terça-feira, 13 de abril de 2021
Professor para sempre...
O Hernâni era um bom professor, dominava completamente os assuntos que abordava, preparava as aulas e lecionava-as de forma muito profissional e por vezes, adicionava uma “pitada” de humor nas suas exposições. Mas quando se zangava… era de fugir. “A malta” respeitava-o e gostava dele.
No segundo período o professor Hernâni rumou a outras paragens e deixou-nos com “a filha nos braços”. Foi substituído por uma jovem professora do Norte. A turma sentiu a sua falta.
No final do 12.º ano fiz uma limpeza à papelada que havia em casa e joguei fora todos os cadernos da escola de todas as disciplinas, exceto o de Física do 12.º ano. Vá-se lá saber porquê!... Conteria informação preciosa? Mais de 40 anos depois, voltei a abri-lo para pesquisar o esclarecimento que hoje necessito. No primeiro ano da universidade, enrascada com a Mecânica, recorri aos apontamentos do Hernâni Matos, que me deram jeito e me safaram no exame de Física Geral I.
Em 1986, regressei à Escola Secundária de Estremoz como professora do grupo 4.ºA (Física e Química). O Hernâni era o delegado de grupo e voltou a dar-me uma lição no que respeita à dedicação e envolvimento nesta sua função na escola. Desde a preparação das reuniões, planificações, participação nas discussões até à realização de exposições e outras atividades, rotulagem e catalogação de materiais e equipamentos, o Hernâni despendia todo o seu potencial e deixou na escola, algumas referências que os colegas ainda hoje utilizam. Considero-o “um homem sem medo”, decidido, desenrascado, sincero, frontal, lutador e como ele próprio dizia “capaz de apanhar o touro pelos cornos”. Com o aparecimento e desenvolvimento das novas tecnologias, o Hernâni depressa criou uma simbiose com os computadores, e também me considero sua discípula neste território devido a algumas aprendizagens que fiz com ele.
Compartilhámos ações de formação, reuniões, materiais, momentos de trabalho e momentos de convívio. A relação profissional evoluiu para uma afinidade que se estabeleceu entre nós, gerando uma amizade, e tenho pelo Hernâni um sentimento de afeto, carinho, confiança e admiração por tudo aquilo que faz.
Para além de professor de Física e Química, o Hernâni deu outras grandes lições. Quando comparecemos em exposições de filatelia enriquecemos os nossos conhecimentos históricos sobre temas associados a acontecimentos, lugares, países, objetos… e ele organizou muitas. Quando assistimos às suas palestras aprendemos sempre algo na exposição divulgada e ele deu algumas sempre motivantes, enriquecedoras e bem-humoradas.
Em 1998 fiz parte da Direção da Escola e o Hernâni deu-nos todo o seu apoio, fazendo parte da Assembleia de Escola e foi convidado a dinamizar o Centro de Recursos, fazendo como é seu apanágio, um excelente trabalho.
Aposentou-se como professor da Escola Secundária da Rainha Santa Isabel de Estremoz tendo-me oferecido algum do seu património na área da Física e da Química. Reformou-se mas não parou de doutrinar, divulgar e mostrar toda a sua dedicação à Cultura Portuguesa com ênfase nos Bonecos e Olaria de Estremoz.
Não sei se diga que o Hernâni entregou a sua vida a dar lições ou se deu uma grande lição de vida onde florescem ideias que se casam uma nas outras, se multiplicam e acrescentam pontos para completar um conto que vai com certeza fazer parte da História de Estremoz.
domingo, 11 de abril de 2021
Quando levantar o cerco
Só conheci o Hernâni neste século, apesar de ter ido para a Valeja, a 14 km de Estremoz, com uma semana de idade e de aí ter passado até aos 20 anos, Natais, Páscoa e parte das férias grandes, com idas a Estremoz, semanais e nos dias de festa. Só passei a conhecer Estremoz e a lembrar aspectos do meu crescimento com o blogue que o Hernâni tem mantido vivo, com a sua paixão multifacetada, acompanhando e defendendo a integridade do património cultural com independência, isenção e conhecimento meticuloso.
São inúmeros os agradecimentos que deveria fazer ao Hernâni, da gastronomia que partilhámos, às conversas na Feira de Velharias, onde ele salvava objectos abandonados, passando pelos muitos amigos comuns e vivências relembradas.
Só aguardo o levantar deste cerco às nossas vidas para voltar ao Sábado à Terra de que mais gosto neste país que tenho percorrido e almoçar com o Hernâni no Tira-Picos.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
Hernâni, o professor, o colega, o pai de Catarina e o amigo
Os professores contagiam e eu voltei à escola para, também, ser professora. E tive o privilégio de rever alguns dos meus professores e, entre eles, estava o colega Hernâni. Éramos os dois professores de Física. Só que ele da Física e Química e eu da Educação Física. Inércia, atrito, leis de Newton, velocidade, força e resistência, entre outros assuntos, são aspetos comuns às duas. Foram matérias que, também aprendi, no 9º ano, com a Fátima.
Em Abril de 2001, organizámos conjuntamente uma estafeta entre Évora e Estremoz, assegurada por cerca de 50 alunos da Escola Secundária da Rainha Santa Isabel. A estafeta constituiu uma das actividades de animação das Exposições Filatélicas “ESTREMOZ 2001” e “FILAMOZ 2001”, integradas no programa da FIAPE e visava transportar a mala postal entre a Estação dos Correios do Largo das Portas de Moura, em Évora e o Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz, local do acto inaugural daquelas exposições. A mala transportada sucessivamente pelos alunos, continha correspondência marcada à partida com a marca de dia de serviço na Estação, assim como o carimbo de trânsito de “Correio por Estafetas”, sendo marcada à chegada com o “Carimbo Comemorativo do Centenário de Tomaz Alcaide”.
Quando a Catarina, filha da Fátima e do Hernâni, chegou ao ensino secundário, foi a minha vez de ser a sua professora.
Somos exemplo, de como a escola nos ligou. E, quando passados, cerca de 35 anos, recebo o seu convite para escrever, chamo-lhe amizade.
Obrigado Hernâni pelos seus ensinamentos e pelo gosto insaciável de partilhar conhecimento.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
O jogo ainda não acabou!
Falar do Prof. Hernâni Matos foi o desafio colocado. Talvez eu possa dizer que não é muito difícil falar do Prof. Hernâni, como possa dizer que não é muito fácil falar do Prof. Hernâni. Não porque a vida do Prof. se me afigure uma antítese ou algo que é alguma coisa e o seu contrário. Não. Vou tentar explicar. Não é fácil falar do Prof. Hernâni porque nunca foi meu professor, nunca tive com ele um relacionamento, estreito ou muito próximo e nunca desenvolvi com ele nenhuma actividade cultural ou social.
Não será difícil conhecer o Prof. Hernâni porque o seu trabalho é publico e notório. Não falo da sua profissão e da sua dedicação à causa, seguramente. Não. Falo das questões políticas e culturais. Na política cruzei-me com o Prof. várias vezes, tive o enorme gosto e honra de o entrevistar na “minha Rádio Despertar” em várias ocasiões e de ter percebido a sua dimensão humana e intelectual. Creio que a nossa primeira conversa foi com o Dr. Dias Sena, quando este foi candidato à Câmara Municipal de Estremoz. Lembro-me de várias conversas, lanches até, recordo mesmo uma tarde com o Eng.º Vítor Silva, entre outros, no quiosque do Rossio Marquês de Pombal, dias depois de o Dr. José Dias Sena ter sido eleito Presidente e se preparar mais uma edição da FIAPE… Mas, como sempre vi o Prof. Hernâni, para lá do seu grave vocal, foi a de um homem sonhador, dedicado, estudioso, trabalhador, historiador. Envolvido e envolvente.
Leio atentamente o seu blogue “Do Tempo da Outra Senhora” e alegra-me muito que alguém se preocupe com o nosso passado colectivo, neste caso muito focado em Estremoz, nas suas gentes, nos seus hábitos, tradições e costumes. Está a fazer História, está a deixar História e está sobretudo a deixar ferramentas às gerações vindouras. Um trabalho importantíssimo e de grande mérito.
Lembro-me do Prof. igualmente pela sua paixão à Filatelia. Por culpa sua, ao ver uma exposição, comecei uma colecção de selos. Não tenho muitos, tenho alguns, mas o coleccionador ficou, há muito, pelo caminho. Mas mantive os selos.
Por fim, acompanhei e acompanho, o seu excelente trabalho desenvolvido à volta da barrística de Estremoz, aos “Bonecos”, do seu apoio, entrega e paixão a esta arte tão enraizada na Cidade de Estremoz, que lhe vale hoje a sua elevação a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Por tudo isto e por tanto mais com certeza, não se pode afigurar difícil falar sobre o Prof. Hernâni, a exposição pública das suas actividades, a sua acção pública e empenhada pela valorização e perpetuação, mesmo a um nível antropológico da História de Estremoz e das suas gentes, bem como a sua intervenção política. Tudo isto fez e faz, com que o Prof. Hernâni não seja mais um na bancada a assistir aos jogos. Sempre o vi em campo. Em vários campos e é assim que espero continuar a vê-lo por muitos mais anos. Assumindo as suas lutas, trabalhando e partilhando as suas obras.
Prof., o “jogo” ainda não acabou, meu caro. Não será um homem consensual, nem poderia ser. As pessoas que abraçam causas e dão a cara por crenças, nunca o serão. O meu abraço e da minha parte muito obrigado pelos seus excelentes trabalhos e dedicação!
José Gonçalez
quarta-feira, 31 de março de 2021
MANIFESTO PRÓ-HERNÂNI à maneira de Almada, com PIM e tudo!
O Hernâni é homem de paixões arrebatadas: pelo Alentejo, por Estremoz, pela cultura popular que coleciona com a voracidade de quem sabe que daquilo já não há quem faça mais!
O Hernâni é guardião de tesouros e preciosidades de antanho, das memórias de um tempo que já não existe, mas que é preciso não esquecer, tanto pelas boas como pelas más razões.
O Hernâni fez da escrita uma arma de pontaria certeira para lembrar que o passado define quem somos e que não o podemos descartar sob pena de perdermos a nossa identidade cultural e coletiva!
O Hernâni é uma instituição, a memória viva de Estremoz, das suas gentes e das suas tradições!
O Hernâni diz o que pensa e o que sente, sem subterfúgios, doa a quem doer, e ganhou o direito de o fazer porque tem feito muito pela sua terra. Só é pena que, como diz o rifão, “santos da casa não façam milagres”!...
O Hernâni dinamizou, durante anos, um espaço aberto a colecionadores e artistas, um espaço de diálogo, de encontro e de partilha que muito animou a cidade e que a cidade não deveria esquecer!
Na verdade, uma cidade que tem a força motriz de um Hernâni que não consegue estar quieto nem um segundo e que a todo a hora faz propostas e lança ideias cuja primeira intenção é valorizar e melhorar a terra em que nasceu deve, no mínimo, estar reconhecida pela sua existência!
Por este amor tem feito das tripas coração, tem até engolido sapos, o que só confirma a fortaleza e a grandeza dos seus sentimentos!
Por este amor, o Hernâni tem construído um sólido enquadramento teórico que ficará para a posteridade e que lhe permite, como a qualquer apaixonado, tomar a liberdade de ousar!
O Hernâni tem sido candeia que vai à frente: questiona ideias feitas, desafia convenções, desafia artesãos! E estes respondem-lhe à letra para gáudio e satisfação do seu coração - que nessas alturas é de menino! - que mais não poderia desejar! E respondem aos seus desafios por saberem que ele respeita e valoriza a sua arte como poucos!
Viv’ó Hernâni, Viva!