quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ir buscar lã e sair tosquiado

 JUNHO (fragmento) - Iluminura (9,8x13,3 cm) do “Livro de Horas de D. Fernando”
[Século XVI (1530-1534)], manuscrito com iluminuras da oficina de Simon Bening
(c. 1483 – 1561), Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.

Porque noticiei no meu blogue a visita de Dom Duarte de Bragança à FIAPE 2014, alguém duma forma boçal e reveladora de condicionamentos mentais e psicológicos, com falta de carácter e sem coragem de dar a cara, escudado atrás do anonimato cobarde, perguntou-me se me tornei monárquico e ficou incomodado por eu ter utilizado o termo Dom.
A atoarda, de contornos chantagistas, tornou necessária uma resposta, já que “Noblesse oblige”.
A utilização do termo “Dom” antes do nome, é uma fórmula tradicional, tal como o epíteto de “cidadão” ou de “camarada”, sem que alguém de bom senso, se dê ao trabalho de se preocupar com isso e fazer reparos.
Dom Duarte de Bragança, não é uma pessoa qualquer, já que é reconhecido pelo Governo da República, como sendo o legítimo herdeiro do trono de Portugal e o Chefe da Casa Real Portuguesa. Daí que deva merecer todo o respeito da parte de pessoas de bem.
Dom Duarte de Bragança goza de prestígio nacional e internacional, não só por ser o legítimo herdeiro do trono de Portugal e o Chefe da Casa Real Portuguesa, como por ser dedicado a causas nobres, como é do conhecimento geral. Daí que o seu anuimento a integrar a Comissão de Honra da Candidatura dos Bonecos de Estremoz a Património Imaterial da Humanidade, seja uma mais valia que reforça e potencia essa Candidatura.
Como homem livre, sem peias nem albardas no pensamento, considero reles e desonroso, acusar-me de monárquico, só porque não sigo cartilhas, sejam elas da Rua da Palma, da Soeiro Pereira Gomes, do Largo do Rato, da Rua de S. Caetano ou do Largo do Caldas.
Quem me comentou, revela espírito bafiento, misturando alhos com bugalhos e mostrando preconceitos de que provavelmente ainda não foi capaz de se libertar, quem sabe se por ter esqueletos no armário.
Para além disso, trata-me abusivamente por “amigo” num comentário cujos objectivos, de denegrir a minha pessoa, atacar a Instituição Monárquica e pôr em causa a Candidatura, ficam aqui denunciados. Lá diz o provérbio: “Ir buscar lã e sair tosquiado”.

4 comentários:

  1. Matos, gostei muito da resposta .Claro que não podemos apagar o passado e por falar nele respeitosamente não quere dizer que o apoiemos, até o podemos detestar.Tratar a monarquia como trataste representa respeito, liberdade , sabedoria e cultura muita, como é o teu caso. Um abraço . Laranjo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amigo Laranjo:
      O cantor de intervenção José Mário Branco diz que "A canção é uma arma!". Por sua vez o hino da Intersindical declara que "Lutaremos com as armas que temos na mão!". Eu que sou artesão das palavras, quando me pisam os calos, dou coices verbais. Cautela comigo!
      Um abraço para ti também.

      Eliminar
  2. Excelente lição de civismo e cidadania.
    Um abraço
    Carlos Pinho

    ResponderEliminar